Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos tiveram uma alta inesperada na semana encerrada em 12 fevereiro. A saber, houve 248 mil novas solicitações no período, o que corresponde a um crescimento de 23 mil novos pedidos em relação à semana anterior (225 mil).
A alta nos números surpreendeu as projeções de analistas, que acreditavam em uma leve queda de 6 mil novos pedidos no período, para 219 mil. Aliás, as solicitações vêm caindo há cerca de um mês, após os EUA registrarem em meados de janeiro uma máxima de novos pedidos em três meses.
Contudo, a redução nos casos de Covid-19 estão puxando as novas solicitações para baixo. Em suma, o país está registrando uma média de quase 146 mil novas infecções diárias de Covid-19, bem abaixo dos 700 mil registros diários há um mês.
Seja como for, os especialistas consideram uma faixa de 200 mil a 250 mil novos pedidos semanais de auxílio-desemprego como indicador de um mercado de trabalho saudável. E os EUA estão com dados dentro desse intervalo, apesar do aumento dos pedidos na semana passada quase superar o limite desse intervalo.
Números diminuem com redução dos casos da Covid-19
Em 2020, a pandemia da Covid-19 fez os pedidos de auxílio-desemprego dispararem no país. A título de comparação, o pico de solicitações durante a crise entre 2007 e 2009 chegou a 664 mil. Entretanto, esse nível representa apenas 10,8% do recorde de 6,149 milhões de pedidos registrados em abril 2020.
A situação não se repetiu em 2021 graças ao avanço da vacinação e à redução dos casos e mortes provocados pela Covid-19.
Já nas primeiras semanas de 2022, o recrudescimento da crise sanitária elevou os novos pedidos, mas a tendência de queda se confirmou, uma vez que as infecções por Covid-19 no país também diminuíram.
Aliás, vale destacar que os EUA vem sofrendo há meses com a escassez de trabalhadores. E esse cenário também está limitando o aumento dos pedidos de auxílio-desemprego no país. Isso ocorre porque muitas empresas estão segurando os seus funcionários devido à dificuldade em encontrar mão-de-obra.
No final de novembro, os EUA tinham 10,6 milhões de vagas em aberto. A escassez de mão de obra e as interrupções provocadas pela Ômicron ainda afetam o mercado de trabalho americano e os novos pedidos de auxílio-desemprego.
Embora esse cenário ainda provoque incertezas, o país criou 467 mil empregos no setor privado em janeiro. O resultado surpreendeu os analistas, que projetavam a criação de 150 mil empregos no mês.
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