Pastor suspeito de liderar gabinete paralelo no MEC disse que iria ‘destruir todo mundo’

Arilton Moura, pastor apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos líderes do chamado gabinete paralelo do Ministério da Educação (MEC) ligou para seus advogados na quarta-feira (22), depois de ter sido preso em uma operação da PF, e se mostrou bastante revoltado.

De acordo com uma reportagem publicada nesta sexta-feira (24) pelo jornal “O Globo”, o pastor, após ter sido levado para a sede da Polícia Federal, ligou para os seus advogados e disparou que iria “destruir todo mundo” se o seu caso chegasse a sua família.

“Eu preciso que você ligue para a minha esposa… acalme minha esposa… porque se der qualquer problema com a minha menininha, eu vou destruir todo mundo”, afirmou ele em um trecho divulgado pelo jornal carioca.

Assim como publicou o Brasil123, intitulada operação “Acesso Pago”, a ação da PF culminou não somente na prisão de Arilton Moura, mas também na captura de outras cinco pessoas incluindo o também pastor Gilmar Santos e o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.

Essas pessoas são alvos de uma operação que investiga crimes como corrupção e tráfico de influência na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).

Conforme apurou a Polícia Federal, os pastores, apesar de não terem nenhum cargo no MEC, teriam montado um “balcão de negócios” dentro da pasta para supostamente cobrar propinas de prefeitos em troca de liberação de recursos do FNDE.

O pastor ligou para os seus advogados e disparou que iria “destruir todo mundo” se o seu caso chegasse a sua família. (Foto: reprodução)

O caso foi revelado pelo jornal “O Estado de S. Paulo” e, uma semana depois, um áudio revelado por outro jornal, o “Folha de S.Paulo”, mostrou Milton Ribeiro confirmando o fato e dizendo ainda que a inclusão desses líderes religiosos nas tratativas do MEC havia sido um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ao todo, esses pastores, segundo dados Gabinete de Segurança Institucional (GSI), estiveram no Palácio do Planalto 35 vezes entre janeiro de 2019, mês em que Bolsonaro assumiu a presidência, e fevereiro de 2022, um mês antes do áudio vazar.

Alisson Ficher

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