A juíza Placidina Pires aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) e o padre Robson de Oliveira e outras 17 pessoas se tornaram réus na quinta-feira (10). Todos os envolvidos são acusados dos crimes de organização criminosa, apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem do dinheiro ofertado por fiéis à Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe).
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Em entrevista ao portal “Terra”, o advogado Pedro Paulo de Medeiros, que cuida da defesa do padre, revelou que “nada mudou” após o início do processo criminal”. “Continuamos tranquilos. Nunca houve ilegalidade”, completou o defensor.
A investigação do caso se tornou pública em agosto deste ano e chegou a ser paralisada após uma decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). Na ocasião, o tribunal afirmou que, como se tratava de uma entidade privada, não cabia uma investigação de desvio de finalidade do uso do dinheiro arrecadado dos fiéis.
Todavia, no último dia 4 de dezembro, o presidente do TJ-GO, Walter Carlos Lemes, autorizou que a investigação fosse retomada. Com isso, a juíza Placidina Pires pode determinar que o processo prossiga.
Relembre a denúncia contra o padre Robson
Conforme aponta a denúncia dos promotores, o padre Robson comandava uma organização criminosa que desviava o dinheiro dos fiéis. Esse dinheiro deveria ser usado na construção da basílica católica na cidade de Trindade. No entanto, o valor foi usado em empresas particulares e na compra de uma casa de mais de R$ 1 milhão.