O Rio de Janeiro registra mais um dia violento. Isso porque, nesta quinta-feira (06), uma operação da Polícia Civil do estado contra o tráfico de drogas no Jacarezinho, na Zona Norte da capital, causou um intenso tiroteio e culminou na morte de um policial e ainda deixou mais quatro pessoas baleadas: dois agentes e dois passageiros do metrô.
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Nas redes sociais, moradores revelam que ouviram sons de rajadas e explosões de bombas em diferentes pontos da favela. Ainda segundo os relatos, pessoas que vivem na região não conseguiram sair de casa. Nem mesmo uma noiva de casamento marcado e uma grávida com cesariana agendada conseguiram cumprir seus compromissos.
As vítimas do tiroteio
De acordo com a Polícia Civil, até o final da manhã desta quinta (06), eram cinco vítimas. Destas, uma acabou morrendo. Segundo a entidade, o agente André Frias, da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), foi morto após ser baleado na cabeça.
As outras pessoas foram baleadas e, até o momento, o estado de saúde delas não foi revelado. No entanto, sabe-se que, entre eles, estão dois policiais feridos: um da Dcod e outro da Coordenadoria de Operações Especiais (Core).
Já as outras duas vítimas eram passageiras de um vagão da Linha 2 do metrô. De acordo com a Polícia Civil, elas foram feridas após uma bala perdida estilhaçar uma janela.
A operação no Rio
Em nota, a Polícia Civil revelou que a ação, intitulada “Operação Exceptis”, visa investigar o aliciamento de crianças e adolescentes para ações criminosas, como assassinatos, roubos e até sequestros de trens da Supervia.
Hoje, o Jacarezinho, que é onde a operação aconteceu, é considerado uma base do Comando Vermelho (CV), considerada a maior facção do tráfico de drogas em atividade no estado. Ainda conforme a corporação, para atuar, o tráfico da região adota táticas de guerrilha, com armas pesadas e “soldados fardados”.
Além disso, os criminosos têm a seu favor o fato de que a comunidade é predominantemente plana, repleta de ruelas e cercada de barricadas instaladas pelos bandidos, o que acaba dificultando ação dos agentes, que raramente conseguem andar com carros blindados pela região.
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