Michael Ryan, diretor de emergências da OMS (Organização Mundial da Saúde), disse nessa segunda-feira (3), que a organização considera a forma com que a pandemia está se desenvolvendo no Brasil muito preocupante.
Ryan alertou principalmente par ao fato de que os estados relatam altos números de casos diários. A contagem de novos casos tem sido na média de 60 mil, todos os dias, enquanto que as mortes diárias estão acima de 1000 há algumas semanas.
Transmissão comunitária
Segundo o diretor de emergências, a única forma de diminuir os números é suprimir de alguma maneira a transmissão comunitária. Para que isso aconteça, entretanto, é preciso que haja uma união entre a comunidade e as várias esferas de governo.
Governo x Saúde
Segundo o representante da OMS, é função dos governos proporcionar ambientes e condições que tornem mais difícil a propagação do vídeo entre os seus cidadãos. Para isso, governos do mundo inteiro estariam tomando atitudes até mesmo drásticas.
No Brasil, entretanto, o que se vê é um completo descompasso entre as esferas de governo e os cidadãos. A quarentena que ajudaria a diminuir a transmissão comunitária, foi implementada pelos governos estaduais e criticada duramente pelo governo federal.
Além disso, não é incomum que membros da sociedade, principalmente comerciantes, manifestem-se no sentido de que todas as atividades sejam liberadas. Assim, o controle da pandemia fica cada vez mais difícil.
Recordes de casos
Na última sexta-feira (31), a OMS registrou um novo recorde de casos no mundo todo. Apenas em 24 horas foram registrados 292 mil novos casos no mundo.
No Brasil, os recordes também estão sendo ultrapassados. Contando com mais de 92 mil mortos, o país viu 32.912 pessoas perderem a vida para a Covid-19 apenas no mês de julho.
Um passo atrás
É consenso no mundo que a pandemia do novo coronavírus não vai passar rápido. Por isso, muitos países já se conformaram com o fato de que precisarão dar um passo atrás.
Os Estados Unidos, mesmo com toda verborragia de Donald Trump, viu seu PIB cair vertiginosamente, e sabe que precisará lutar.