O presidente do Cruzeiro, Sergio Santos Rodrigues, reconheceu nesta terça-feira (26) que o clube chegou ao ‘fundo do poço’ no aspecto financeiro, com dívidas que ultrapassa a marca dos bilhões.
Desta forma, o dirigente da Raposa se manifestou oficialmente pela primeira vez depois da greve de jogadores e de funcionários do clube nas últimas semanas por falta de pagamento.
Em alguns casos, o atrasado no salário chega a seis meses, inclusive para funcionários que recebem salário mínimo.
“Sem dúvida nenhuma o problema do Cruzeiro é dinheiro. E isso reflete em todas as áreas depois. O Cruzeiro chegou em um buraco onde nenhum outro clube chegou”, disse o presidente em entrevista à Rede Globo.
No entanto, o dirigente garantiu que a situação será equalizada.
“Hoje, praticamente, vamos chegar a um cenário que a gente equalizou praticamente (os salários dos) funcionários, Toca 1, Toca 2. Estamos focando em clube administrativo, agora. Os atletas, agora, em 2021, essa semana, vão ficar em dia também. Imagens estão ok já. Assim, a gente equalizou todas imagens juntos com salários que estavam ok. Aí haviam algumas competências em aberto de imagem e CLT que essa semana a gente vai finalizar”, afirmou na entrevista.
Sigilo
No entanto, ao ser perguntado de onde viria o recurso para quitar essas pendências, ele preferiu não dar detalhes.
“A gente vai divulgar. Depende do quanto se vai confirmar, do quanto a gente vai conseguir levantar, mas a prioridade é sempre deixar os salários em dia, é a prioridade número um, hoje. O Cruzeiro deve R$ 9 milhões, considerando a nossa gestão. O que ficou para trás da nossa gestão não está nesse cálculo”, disse.
“Já chegamos a passar 20 dias direto com bloqueio em conta. É complicado. Tivemos quase R$ 10 milhões de bloqueios de gestões anteriores a nossa, o que seria mais do que suficiente para ter os salários em dia da nossa gestão”, afirmou.
Em campo, o Cruzeiro está praticamente sem chances de conquistar o acesso nesta temporada e, provavelmente, vai passar o terceiro ano consecutivo na Série B em 2022, agravando ainda mais a crise financeira.
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