No último sábado (20), no lançamento da “megavacinação” contra Covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, relacionou a nova onda de infecções pelo coronavírus na Europa à baixa adesão ao imunizante, além de apontar que o Brasil é exemplo no enfrentamento à pandemia.
“O que tem acontecido em alguns países da Europa, eles estão sofrendo com a nova onda [de covid-19]. As pessoas que não tomaram vacina ou tomaram há mais de seis meses precisam tomar o reforço. E quem não tomou a segunda dose precisa buscar as salas de vacinação para a segunda dose”, afirmou no evento.
“O Brasil tem sido um case de sucesso no enfrentamento da pandemia”, disse o ministro, que recebeu a dose de reforço da vacina durante evento que marcou o lançamento da campanha de “megavacinação” no país.
Na ocasião, em diversos momentos Queiroga destacou a importância das vacinas no combate ao novo coronavírus, afirmando que elas são seguras e eficazes. O discurso do ministro da Saúde vai na contramão daquilo que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse em diversas oportunidades.
“Tomar vacina pra quê? Minha taxa de anticorpos está lá em cima, eu te apresento o documento […] Eu estou bem, vou tomar vacina, a Coronavac, por exemplo, que não vai chegar a essa efetividade, pra que eu vou tomar? Depois que todo mundo tomar a vacina, eu vou decidir o meu futuro aí.”, afirmou Bolsonaro durante live nas redes sociais no mês de setembro.
Europa é epicentro da pandemia de Covid-19
Com a nova onda de Covid-19, a Europa voltou a ser o epicentro global da pandemia de Covid-19, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), fazendo com que alguns países da região voltassem a considerar a imposição de medidas restritivas neste final de ano.
A Áustria foi o primeiro país a aplicar um novo lockdown para conter o avanço da nova onda de Covid-19 no país, apesar de ter mais de 65% da população imunizada contra a doença. A Alemanha, que tem 67% dos habitantes imunizados, também observa o aumento no número de casos, principalmente entre não vacinados.
Outros países, principalmente no leste europeu, têm sofrido com a baixa adesão da população à vacinação contra a Covid-19. É o caso de Rússia, Polônia, Ucrânia e Bulgária.