O governo da Alemanha declarou nesta quarta-feira, 22, que irá pagar uma espécie de auxílio quarentena. Trata-se de uma ajuda financeira para os trabalhadores que precisarem ficar reclusos em quarentena durante a média de 14 dias em virtude da Covid-19. O ministro da Saúde, Jens Spahn, se pronunciou sobre o tema, alegando que não é justo requerer aos contribuintes que amparem atitudes negligentes devido à recusa da vacinação.
Por isso, o programa auxílio quarentena foi editado e as novas regras passarão a vigorar no dia 11 de outubro, valendo para os 16 estados alemães. O foco do novo regulamento são as pessoas que testarem positivo para o novo coronavírus e que voltarem de países denominados pela Alemanha como locais de alto risco de transmissão, por hora são: a Grã-Bretanha, a Turquia e determinadas localidades da França.
Os viajantes que voltarem desses países e que não tiverem tomado as doses das vacinas contra a Covid-19, serão obrigados a fazer uma quarentena de, no mínimo, cinco dias. Ficam isentos desta exigência quem já se vacinou ou que se recuperou de uma infecção recente. No entanto, as medidas não foram muito bem aceitas por alguns trabalhadores alemães, os quais alegam não terem condições de ficar sem trabalhar e sem nenhuma fonte de renda.
De acordo com o ministro da Saúde, é preciso enxergar essa situação de uma maneira diferente, como um meio de ser justo “àqueles que se protegem e protegem os outros com a vacina podem, com razão, perguntar por que deveríamos dar dinheiro a alguém que volta de uma viagem de passeio a uma região de alto risco”, alegou.
É importante ter em mente de que pontos relacionados à privacidade também devem ser levados em consideração. Isso porque a Alemanha possui severas leis sobre a privacidade, boa parte dela em razão do nazismo e do estado comunista, ambos regimes responsáveis pela vigilância do país. Desta forma, no geral os empregadores são proibidos de questionarem os funcionários sobre a saúde, neste caso em específico, sobre a vacinação contra a Covid-19.
Na Alemanha, a vacinação não é obrigatória, no entanto, os mais dirigentes do governo têm se empenhado para promover medidas com foco nas pessoas não vacinadas, para que sejam submetidas a incidentes inconvenientes.
Por outro lado, alguns estados alemães estão permitindo que determinados estabelecimentos como restaurantes e estádios esportivos, estabeleçam as próprias regras que permitirão ou não a entrada de pessoas que apresentarem testes negativos, ou aquelas que se vacinaram ou se recuperaram recentemente da Covid-19. Vale mencionar que 74% da população adulta da Alemanha já foi vacinada.