Morreu na noite de quinta-feira (03) a enfermeira Mara Abreu, de 42 anos. De acordo com as informações, a mulher, que havia tomado cápsulas de um chá para emagrecer, foi a óbito depois que seu corpo rejeitou um transplante de fígado feito dias antes no Hospital das Clínicas, em São Paulo.
O caso de Mara Abreu vem repercutindo muito nas redes sociais e feito profissionais da saúde alertarem para os riscos de tomar esses chás emagrecedores. Uma dessas especialistas foi a médica Liliana Ducatti Lopes.
Ela, que é cirurgiã do aparelho digestivo e realiza transplantes de fígado no Hospital das Clínicas, afirmou em sua rede social que Mara Abreu tomou um chá emagrecedor de 50 ervas, o que inclui chá verde, carqueja e mata verde. Essa junção, afirmou Liliana Ducatti, acabou acarretando em uma hepatite fulminante na vítima.
Mara Abreu, que era enfermeira no Hospital Santa Joana, havia passado por um transplante no último domingo (30). Todavia, o corpo da mulher acabou rejeitando o fígado que ela recebeu e, por isso, foi necessário esperar por um novo doador, que acabou não chegando.
Em entrevista ao portal “G1” nesta sexta-feira (04), Márcia Cristina Oliveira, que é prima da enfermeira, contou que ela não tinha problemas de saúde prévios, não fazia uso de outros medicamentos e foi internada no hospital onde trabalhava no último dia 18 com fortes dores abdominais.
Três dias depois, ainda conforme essa prima, Mara Abreu foi transferida para o Hospital das Clínicas e, por lá, ela passou a figurar na fila de espera para receber um novo fígado, o que de fato aconteceu, mas não foi o suficiente para a mulher se recuperar.
Segundo as informações, Mara Abreu tomou um chá emagrecedor de 50 ervas, o que inclui chá verde, carqueja e mata verde. (Foto: reprodução)Durante a entrevista, a prima da enfermeira contou que os médicos do Hospital das Clínicas passaram a investigar qual poderia ter sido o remédio que levou a mulher a apresentar um quadro tão grave de hepatite medicamentosa.
A pedido da equipe médica, os familiares da enfermeira ajudaram nas buscas. Foi quando eles encontraram um frasco: era o chá em cápsulas. “A gente começou a fuçar as coisas dela, e encontramos na gaveta dela esse chá em cápsulas, e levamos para eles”, explicou a mulher.
De acordo com ela, foi neste momento que os profissionais constataram que, pela composição daquelas cápsulas, tudo que estava ali era prejudicial ao fígado e levou a enfermeira a perder sua vida.
Segundo Liliana Ducatti, assim que a família da enfermeira levou o frasco do chá, os médicos, olhando o rótulo, perceberam que havia ali inúmeras ervas conhecidas por serem hepatotóxicas, ou seja, por fazerem mal ao fígado. De acordo com a médica, dentre elas, a mais comum e mais conhecida é o chá verde.
“É muito bem descrito na literatura, há vários relatos e papers que mostram casos de hepatite fulminante causada por uso de chá verde”, contou ela, alertando ainda que a recomendação é não fazer o uso desses medicamentos que prometem milagres no emagrecimento.
“Chá que desincha, chá detox, natural, erva… Não faça uso, desaconselhe as pessoas que você conhece”, contou, finalizando que “isso tudo é charlatanismo e são descritos como hepatotóxicos, fazem mal para o fígado sim e podem levar à necessidade de um transplante de fígado”, finalizou.
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