As conclusões da CPI da Covid-19 foram desmembradas em 12 temas pela Procuradoria da República do Distrito Federal, informou a “TV Globo” na noite de terça-feira (04). Dentre as pessoas investigadas está Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde.
De acordo com a emissora carioca, o documento, revelado na terça pelo jornalista Gerson Camarote, foi enviado ao Senado Federal a mando da procuradora da República Marcia Brandão Zollinger.
Ainda conforme as informações, as investigações se referem tanto a possíveis crimes de corrupção cometidos pelas pessoas citadas quanto a possíveis casos de improbidade administrativa.
Segundo o jornalista, a decisão não afetará as diligências que correm em outras instâncias do Ministério Público, como, por exemplo, na Procuradoria-Geral da República (PGR) e no Ministério Público de São Paulo.
Em entrevista à “TV Globo”, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), parlamentar que desempenhou o papel de vice-presidente da CPI, relatou que este desmembramento nas investigações é uma “luz de lamparina na escuridão da impunidade”. Por fim, a matéria da emissora ainda detalha que as 12 notícias crime foram divididas da seguinte forma:
Ações e omissões no Ministério da Saúde, na gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello, entre outros, e o agravamento da pandemia:
- Caso Prevent Senior;
- Caso Covaxin – Precisa;
- Caso VTCLog;
- Caso Davati Medical Supply;
- Usurpação de função pública por parte de Airton Antonio Soligo;
- Fake news e incitação ao crime;
- Responsabilidade civil por dano moral coletivo;
- Impacto da pandemia sobre povos indígenas e quilombolas;
- Impacto da pandemia sobre mulheres e população negra;
- Conitec;
- Planos de saúde e hospitais.
Relatório final da CPI
Assim como publicou o Brasil123, a CPI da Covid-19 foi criada para apurar as ações e omissões do governo durante a pandemia. Ao todo, no relatório final da comissão, os senadores pediram o indiciamento de 60 pessoas, incluindo o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Esses pedidos de indiciamentos foram divididos entre diversas instâncias do Ministério Público por razões geográficas ou de foro privilegiado.
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