O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) acionou a Justiça, nesta quarta-feira (1), para que ocorra a suspensão dos shows dos cantores Wesley Safadão e Xand Avião no festival Mossoró Cidade Junina. De acordo com o site Uol Splash, o órgão também solicita que os cachês sejam bloqueados.
Johnny Depp e Amber Heard se pronunciam após decisão do júri
Wesley receberia R$600 mil e Xand R$400 mil para se apresentarem no festival do município de Mossoró, que retomará as atividades de forma presencial pela primeira vez desde 2019. Os valores, a serem pagos pela Prefeitura, constam no Diário Oficial do Município no dia 20 de abril.
Na ação civil pública, o MPRN orienta que esses valores sejam utilizados de forma a sanar o déficit na educação especial como, por exemplo, na contratação de profissionais capacitados para o município. Em nota, a Prefeitura de Mossoró diz que a alegação do Ministério não se sustenta, pois já tem funcionários capazes de lidar com alunos com deficiência.
Por enquanto, nem Wesley e nem Xand se pronunciaram sobre a situação.
Wesley Safadão já foi julgado por furar a fila da vacina
Wesley Safadão teria mudado o local onde tomaria a vacina contra a Covid-19, em julho de 2021, para receber a vacina de dose única, da Janssen. De acordo com o site G1, o cantor estava programado para tomar a dose no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, após agendamento, mas se dirigiu à um posto diferente, no North Shopping Jockey.
A empresária Thyane Dantas, esposa de Wesley Safadão, também burlou a fila da vacina, assim como o marido. Aos 30 anos, a faixa etária da influencer ainda não estava sendo vacinada contra a Covid-19, e apesar disso ela recebeu a primeira dose, também no dia 8 de julho.
A assessoria de Wesley Safadão informou para a imprensa que Thyane teria recebido a dose na xepa, mas isso não procede. A Secretaria Municipal de Fortaleza (SMS) abriu um inquérito para averiguar a legalidade da vacinação do casal, assim como da produtora Sabrina Tavares.
Em novembro do ano passado, o artista conseguiu um habeas corpus para ‘trancar’ a investigação do caso, mas a Justiça liberou a apuração dos fatos em fevereiro deste ano. A 2ª Câmara Criminal de Fortaleza explicou que a medida foi julgada e concedida parcialmente. Com isso Wesley conseguiu o trancamento da investigação no trecho que o acusava de violar o artigo 268 do Código Penal, que é “infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa”.
O sertanejo, no entanto, ainda poderia ser investigado por peculato, corrupção passiva e vantagem indevida. O processo seria arquivado, mas Safadão, com seu recurso de defesa, foi levado ao STJ (Supremo Tribunal de Justiça) no qual os desembargadores analisaram a ilegalidade do caso. Wesley venceu a ação.
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