O assassinato de Marielle Franco completa mil dias sem solução nesta terça-feira (8). No dia 14 de março de 2018, a ex-vereadora pelo PSOL e o motorista Anderson Gomes foram executados dentro de um carro no Rio de Janeiro.
Acusado pela execução da morte, o sargento reformado da Polícia Militar, Ronnie Lessa, ainda não foi a júri popular quase três anos após a morte da política e militante dos direitos humanos carioca. O mandante do crime, que não foi revelado por Lessa, ainda é desconhecido.
Recentemente, uma nova prova veio à tona a partir da ação do Grupo de Ação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de Janeiro. A investigação sabe agora que Lessa comprava ferramentas para a montagem de fuzis de guerra junto ao tráfico internacional de armas.
A operação analisou celulares e computadores do suspeito e chegou a uma conta oculta de e-mail. Lessa criou nomes fictícios para comprar as peças que precisava nos Estados Unidos. Os registros começam em 2017, ano anterior à morte da vereadora.
O caso Marielle Franco
Apesar de ter efetuado a prisão de dois suspeitos pela execução de Marielle Franco, a Polícia Civil ainda não sabe quem é o mandante do crime nem quais foram as motivações para o assassinato. A vereadora era ferrenha crítica às milícias que atuam no Rio de Janeiro.
A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro continua as investigações. Em nota, a gestão disse que a investigação do crime contra Marielle e Anderson Gomes é prioridade da Polícia Civil.
A prisão dos possíveis executores do crime completa em breve 2 anos sem que grandes mudanças no quadro da investigação tenham acontecido. Depois disso, outros 9 suspeitos de envolvimento com a ocultação de provas do crime também foram feitos.
Um vereador, Marcelo Siciliano, chegou a ser investigado como mandante do crime. Ele é apontado por ter envolvimento com milícias da zona oeste do Rio de Janeiro. A testemunha, no entanto, também era envolvida.
Artistas, ativistas e políticos brasileiros mantém a pressão para que o crime seja solucionado. A vereadora eleita pelo Rio de Janeiro e ex-esposa de Marielle, Mônica Benício, publicou hoje um vídeo em suas redes uma cobranças às autoridades.
Na publicação, Mônica chama o crime de “o mais grave atentado político desse século”. Ela acredita que, apesar de a dor ser incurável, a resposta pode ser muito importante para a população.
Veja o vídeo publicado por Mônica.
Quem mandou matar o jair Bolsonaro????????