Manifesto assinado por empresários, religiosos e políticos sai em defesa das eleições

Um manifesto assinado por empresários, lideranças religiosas, entidades da sociedade civil e lideranças políticas, publicado no final da noite de quarta-feira (04), saiu em defesa do sistema eleitoral brasileiro e também da justiça eleitoral.

Divulgado no mesmo dia em que o presidente da república Jair Bolsonaro (sem partido) foi incluído pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito das fake news por conta dos ataques às urnas eletrônicas, o manifesto afirma que “o Brasil terá eleições e seus resultados serão respeitados”.

Intitulado como “Eleições serão respeitadas”, o documento diz que existe confiança na lisura do sistema de votação eletrônica, diferentemente do que prega o presidente da república, que tem constantemente colocado em dúvida o sistema, mesmo sem nunca ter colocado uma prova sequer na mesa.

O manifesto, assinado por mais de 260 nomes, tem como signatários pessoas influentes como Luiza Trajano (Magazine Luiza) Roberto Setúbal (Itaú), Guilherme Leal (Natura), Oskar Metsavaht (Osklen) e Pedro Parente (BRF e ex-presidente da Petrobras).

Além disso, o documento, que foi assinado também pelo ex-ministro do STF Nelson Jobim e pelos ex-presidentes do Banco Central Gustavo Loyola, Ilan Goldfajn e Pedro Malan, afirma que “a sociedade brasileira é garantidora da Constituição e não aceitará aventuras autoritárias”.

“Apesar do momento difícil, acreditamos no Brasil. Nossos mais de 200 milhões de habitantes têm sonhos, aspirações e capacidades para transformar nossa sociedade e construir um futuro mais próspero e justo. Esse futuro só será possível com base na estabilidade democrática”, afirma o documento.

Em outro momento, o texto afirma que o princípio chave de uma democracia saudável é justamente a realização das eleições e a aceitação de seus resultados por todos os envolvidos. “A Justiça Eleitoral brasileira é uma das mais modernas e respeitadas do mundo. Confiamos nela e no atual sistema de votação eletrônico. A sociedade brasileira é garantidora da Constituição e não aceitará aventuras autoritárias”, finaliza.

Leia também: Mudança na PEC do voto impresso enfraquece TSE

Amanda B

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