Os dados do Boletim Epidemiológico da Malária 2020, divulgados pelo Ministério da Saúde, indicam que o Brasil registrou, no ano passado, 19,1% menos casos da doença em relação ao ano anterior. Em números, foram 157.454 notificações de malária no período, contra 194.572 em 2018.
“Em relação aos casos autóctones, ou seja, de pessoas que contraíram a infecção no Brasil, os dados apontam uma queda de 15,1% na comparação do primeiro semestre dos anos de 2019 e 2020, de acordo com dados preliminares. Em 2019, quando comparado a 2018, houve uma redução de 18,4%, passando de 187.757 para 153.296 casos autóctones da doença”, informa o MS.
Detalhamento dos casos de malária no Brasil
Entre janeiro a junho de 2020, as regiões Amazônica e extra-Amazônica tiveram redução no número total de casos autóctones, de 15,1% e 71% respectivamente.
Por outro lado, os estados de Mato Grosso (64,5%), Rondônia (27,7%) e Roraima (18,8%) registraram aumento no número de casos de infecções no Brasil.
Estados do Goiás, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal não apresentaram casos no período de janeiro a junho de 2019. Contudo, no mesmo período do ano de 2020, cada um registrou um caso autóctone.
Na região extra-Amazônica, o estado de São Paulo registrou o maior número de casos, o que corresponde a quatro casos autóctones. O estado de SP também demonstrou uma redução de 60% no primeiro semestre de 2020, em relação ao ano anterior.
De acordo com os dados, na região Amazônica, onde ocorrem 99,9% dos casos de malária, cerca de 80% da doença se concentrou em 41 municípios em 2019, sendo 16 no Amazonas (39%), oito no Pará (19,5%), sete em Roraima (17,1%), quatro no Amapá (9,8%), três no Acre (7,3%), dois em Rondônia (4,9%) e um no Mato Grosso (2,4%).
No Brasil, o principal vetor da malária é o mosquito Anopheles darlingi infectado por Plasmodium, um tipo de protozoário. “Os mosquitos desta espécie são geralmente encontrados durante o período noturno, porém, ao amanhecer e ao entardecer aumentam o risco de transmissão da doença. Apenas as fêmeas infectadas do mosquito transmitem a malária por meio de picadas”, explica a Pasta.
Com informações do Ministério da Saúde
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