Mais de dez presos fogem de penitenciária no Rio Grande do Norte

Pelo menos 12 presos fugiram, na madrugada deste sábado (17), da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, o maior complexo penal do Rio Grande do Norte. Esse é o primeiro registro de fuga na unidade prisional em três anos. Para tentar recapturar os criminosos, as polícias Militar e Penal foram acionadas para buscas na região e para a recontagem das pessoas presas na unidade.

Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte (Seap) revelou que os presos fugiram pelo sistema de ventilação da cela, que fica no banheiro. Para poder sair do local, eles aumentaram o tamanho da abertura com um vergalhão da cama.

Do lado de fora da cela, ainda segundo a Seap, os detentos usaram uma corda feita de lençóis amarrados para passar pela muralha da penitenciária. Todos os fugitivos são da mesma cela. No local, “residiam” 22 presos –  10 deles não fugiram. De acordo com a Seap, atualmente, o pavilhão onde os presos fugiram abrigava 738 presos antes da fuga. No total, a penitenciária aloca 1.649 presos.

Alerta de falha

Após a fuga, o Sindicato dos Policiais Penais do Rio Grande do Norte divulgou uma nota afirmando que a unidade foi avisada sobre a falha na estrutura de ventilação do banheiro, por onde os presos fugiram. Além disso, o sindicato também ressaltou que o fato de uma das guaritas da penitenciária estar desativada pode ter facilitado a fuga.

“A guarita 2 está desativada há muito tempo. Não há visualização, não há iluminação e ainda um ponto cego”, detalhou a entidade, que completou:  “Infelizmente havia uma falha na estrutura do banheiro, na ventilação, que já tinha sido alertada pelos policiais penais, pela direção, à secretaria, que era para ter mandado a equipe de infraestrutura resolver esse problema, como também a preocupação com a guarita desativada”, disse.

Por fim, o Sindicato dos Policiais Penais ainda relatou que uma vistoria que deveria ser feita diariamente nas celas não estava sendo feita. Isso porque, de acordo com o órgão, um problema estrutural impedia a entrada dos policiais penais com segurança no trecho.

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