Dona Déa Lúcia, mãe de Paulo Gustavo, que faleceu vítima da Covid-19, concedeu uma entrevista para o Fantástico, da TV Globo, no último domingo (9), para homenagear o querido ator e filho.
Thales Bretas homenageia Paulo Gustavo como Dona Hermínia no Dia das Mães
Em bate-papo veiculado no Dia das Mães, Déa Lúcia, que foi a inspiração do maior sucesso de Paulo, a Dona Hermínia, de Minha Mãe é Uma Peça, desabafa:
Eu fiquei durante 53 dias rezando, pedindo a Deus que me desse força. A morte é uma coisa certa na vida da gente. A gente só espera que uma mãe vá na frente. Então, é muito duro. Não estou bem, sou capaz de rir e quando falo dele, eu conto as coisas, eu rio, porque ele detestava quando eu chorava.
A mãe de Paulo também aproveitou para agradecer todo o povo brasileiro pelo carinho com o seu filho: “Eu quero agradecer ao povo brasileiro por toda essa oração, o tempo todo, eu não sabia o tamanho que ele representava. Ele passou como um cometa pela vida. Ele estreou no teatro no dia 4 de maio às 21h e ele faleceu no dia 4 de maio, às 21h12. Ele terminou a vida em um ciclo.”
A mãe de Paulo fala sobre a pandemia
Dona Déa Lúcia revela que está muito triste com a partida do filho, mas que se consola ao saber que ele deixou uma mensagem de amor e aceitação para muitos. Em especial no filme Minha Mãe é Uma Peça, no qual Dona Hermínia apoia, incondicionalmente, o filho gay:
Ele deixou um exemplo maravilhoso contra o preconceito. O meu filho amou, o meu filho casou, o meu filho formou família, foi amado. Ele constituiu tudo, tenho dois netos maravilhoso e por isso da família que o segurou e deu força para ele. Até um ano viajando o país e eu terminava a peça falando que a homofobia era crime e que a corrupção mata.
A avó de Gael e Romeu, filhos de Paulo com o marido Thales Bretas, afirma que roubar na pandemia é um crime e que usará sua influência para deter essa crise sanitária no Brasil:
Roubar na pandemia é crime e assassinato. Chorei com cada mãe e choro. Essa luta vai ser minha, vou lutar e falar o tempo todo. Desculpe o desabafo, mas na pandemia cada morte de um filho eu chorava por essa mãe, sem saber que meu filho passaria por isso.
Déa afirma que ela só pode definir o filho com amor e risos: “Só posso definir meu filho com a palavra amor, ele acordava preocupado com todo mundo. […]Eu falo dele e rio, nada dele é muito sério, a não ser a dor da saudade, de não poder criar mais e os filhos não saberem o tamanho do pai. Vou apegar com os netos e o Thales vai ter que dividir os meninos de qualquer maneira.”
“Eu quero agradecer ao povo brasileiro todo esse apoio que eles me deram, de oração o tempo todo. Eu não sabia do tamanho que meu filho representava. Ele passou que nem um cometa pela vida”, diz Déa Lúcia, mãe de Paulo Gustavo, em entrevista para @renataceribelli, no #Fantástico pic.twitter.com/H9qWYohca8
— Jeff Nascimento (@jnascim) May 9, 2021
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