Lucinha Mota, mãe da menina Beatriz Angélica, cujo assassino foi confirmado na terça-feira (11), afirmou que não se convenceu da versão da Secretaria de Defesa Social (SDS) sobre crime, ocorrido em 2015 na cidade de Petrolina, Pernambuco, quando a menina foi morta com 42 facadas.
Justiça condena a quase 40 anos mãe que enterrou filha viva para encobrir estupro
A declaração foi feita na quarta-feira (12) depois de uma coletiva de imprensa da SDS. Segundo a pasta, Marcelo da Silva, de 40 anos, confessou ter entrado na escola para pedir dinheiro e matado a menina após ela ter se desesperado ao ver a faca que ele portava.
De acordo com a mulher, a escola onde o fato aconteceu era bastante rígida e, durante os 14 anos em que ela frequentou o local, como mãe de uma aluna e esposa de um funcionário, visto que seu marido era professor de inglês da unidade, sempre precisou se identificar.
Segundo ela, este fato faz com que seja complicado acreditar na versão da pasta de que o assassino de Beatriz conseguiu entrar na escola com pouca dificuldade. “Essa conversinha de que ele entrou aleatoriamente, que escolheu uma vítima ali porque é um doido não me convence, precisa-se de mais”, declarou a mulher.
Acusado de matar Beatriz está preso
Marcelo da Silva já está preso. Isso, desde 2017, quando ele foi condenado por estupro de vulnerável. Na terça, seis anos após o crime, a polícia chegou ao acusado por conta de um exame de DNA que indicou que o material genético dele é compatível com o que foi encontrado na faca deixada no tórax da menina Beatriz, em 2015.
Segundo a SDS, as investigações mostram que o suspeito agiu sozinho, sem a ajuda de ninguém. Todavia, a mãe da menina também duvida dessas informações, pois ela acredita que pode haver um mandante e que possíveis problemas da escola em que a menina morreu podem ter a ver com a motivação do crime.
“Ele chega, ele esconde a faca, ele recebe uma ligação ou uma mensagem, ele bota o telefone próximo à orelha dele, como se estivesse recebendo uma ligação. Ele vai no canteiro, pega a faca, bota no pé e parte em direção ao colégio. Pelo amor de Deus, não precisa ser nenhum expert para entender que, ali, alguém avisou a ele. O quê? O momento certo de entrar? Essas coisas que precisam ser identificadas”, questionou a mulher.
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