Lula pretende despolitizar as Forças Armadas

Desde que assumiu o cargo de presidente em janeiro de 2019, Jair Bolsonaro (PL) vem sendo acusado de ter politizado as Forças Armadas. De acordo com o jornalista Valdo Cruz, da “Globo News”, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende mudar o roteiro seguido nos últimos anos “despolitizando” essas entidades.

Conforme o jornalista, em informação compartilhada nesta terça-feira (29), o processo de “despolitizar” as Forças Armadas começa na semana que vem, quando o petista irá nomear quem serão os novos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.

Na visão de Lula, que irá escolher os comandantes militares utilizando a ordem de antiguidade nas respectivas forças, a questão militar é delicadíssima e provavelmente dependerá da nomeação simultânea de um ministro da defesa, que assim como publicou o Brasil123, será um civil e não vinculado ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Hoje, quem trata sobre o assunto é José Múcio, ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) e também ex-ministro da articulação política de Lula. De acordo com Valdo Cruz, a larga experiência política de José Múcio nos bastidores de Brasília é mencionada constantemente.

Nesta terça, José Múcio participou de uma reunião com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e com alguns ex-comandantes da Aeronáutica e do Exército. Segundo Valdo Cruz, pessoas que estiveram no local da conversa explicaram que a intenção do encontro foi discutir sobre as duas correntes que existem hoje dentre das Forças Armadas.

A primeiro é a classificada como bolsonarista, isto é, pessoas que apoiam do atual presidente da República Jair Bolsonaro, derrotado nas eleições deste ano. A outra corrente é a de integrantes que estão dispostos a trabalhar com um governo do presidente eleito pelo Partido dos Trabalhadores.

Na reunião desta terça, os ex-comandantes militares explicaram que o novo governo deve saber que, na tentativa de “despolitizar” as Forças Armadas, existem itens fundamentais que são considerados intocáveis e o novo governo não deverá alterar, como:

  • Os critérios para promoção;
  • Paridade salarial entre os da ativa e reserva;
  • E regimes de previdência dos militares.

De acordo com o jornalista, a informação é que estes itens vêm antes de qualquer discussão sobre rumos gerais do próximo governo, especialmente em relação aos orçamentos para equipamentos das forças.

Leia também: Governadores querem encontro com Lula para discutir arrecadação; temor é por um desequilíbrio fiscal

Alisson Ficher

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