Lula fecha acordo com comandantes das Forças Armadas; entenda

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da república eleito após derrotar o atual chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL), fechou um acordo nesta sexta-feira (16) com os atuais comandantes das Forças Armadas. De acordo com informações do canal “CNN Brasil”, o petista acordou com os integrantes das forças que eles não irão antecipar suas saídas dos cargos.

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Nos últimos dias, ventilou-se a possibilidade de que os atuais comandantes das Forças Armadas, indicados por Bolsonaro, iriam sair antes da posse de Lula, marcada para o dia primeiro de janeiro, deixando assim seus cargos vagos. O motivo: a demonstração de que eles são contra o governo vencedor das eleições deste ano.

Todavia, a informação do canal “CNN Brasil” é de que Lula convenceu os três comandantes da Marinha, Aeronáutica e Exército a esperarem a sua posse, para, no dia seguinte, isto é, dia 02 de janeiro, passarem o comando das Forças Armadas para os seus sucessores, que serão em breve anunciados pelo petista. Isso, em um evento marcado para acontecer às 10h da manhã, do dia 2 de janeiro, na Base Aérea de Brasília.

Lula convenceu os comandantes das Forças Armadas a desistirem da ideia de antecipar suas saídas em seus respectivos cargos. (Foto: reprodução)
Nesta sexta-feira, em entrevista ao canal, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, afirmou que ele e os outros comandantes do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, e da Marinha, Almir Garnier Santos, de fato, desistiram da ideia anunciada anteriormente de antecipar a saída dos cargos.
Conforme o canal, essa mudança de postura só foi possível após negociação ativa do novo governo. O novo ministro da Defesa, José Múcio e Lula estiveram reunidos com militares nesta sexta-feira em um encontro para selar o início do relacionamento do novo governo com as forças militares.

Desde a última semana, com o anúncio do nome de José Múcio e também da decisão de que o novo governo não quebraria a tradição de indicar os oficiais mais antigos para assumir as Forças, o termômetro da crise baixou e os comantes das Forças Armadas se mostraram mais propensos a ouvir a futura gestão.

Leia também: Junto com presidente do Senado, ministro do STF diz que resolução sobre orçamento secreto será levada em consideração pela corte

Alisson Ficher

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