A briga entre o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, seu colega de partido, ganhou um novo capítulo. Isso porque, nessa segunda-feira (12), o parlamentar entrou com uma representação criminal contra o membro do governo pelos crimes de ameaça, calúnia, denunciação caluniosa, falsa comunicação de crime e coação ilegal.
O pedido de investigação foi apresentado em resposta às acusações de Onyx tanto contra o deputado quanto contra seu irmão, Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde. Juntos, os irmãos afirmam que denunciaram um esquema de corrupção na pasta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que, segundo ele, nada fez.
No mês passado, Onyx afirmou em entrevista que a Polícia Federal (PF) havia instaurado um inquérito contra os dois irmãos por denunciação caluniosa, fraude processual e, no caso do servidor, prevaricação. Ainda na ocasião, o ministro disse, em tom de ameaça, que o deputado iria “pagar” pelas suas declarações envolvendo o presidente e a importação da vacina Covaxin.
Na mesma ocasião, Onyx também fez referência ao período em que o deputado viveu nos Estados Unidos. Neste momento, ele acusou o parlamentar de “inventar mentira” e de falsificar documento. “O senhor vai pagar na Justiça tudo o que fez hoje de manhã”, disse o ministro à época.
De acordo com Luis Miranda, Onyx claramente cometeu os crimes pelos quais ele foi acusado. “O representado ameaçou, ostensivamente, o representante ao determinar o uso do aparato estatal [Polícia Federal] para investigá-lo, com total de desvio de finalidade e se exasperando, em seu linguajar, em ‘acionar’ o aparato da CGU para investigar seu irmão [Luis Ricardo Miranda]”, começou a ação contra Onyx, apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o documento, o objetivo do ministro era claro: “atingir o representante, isso tudo misturados com delírios messiânicos, citando a Bíblia de maneira histriônica e sem sentido”, escreveu a defesa do deputado.
Segundo Luis Miranda, em entrevista ao portal “Congresso em Foco”, ele tem recebido, diariamente, ameaças, sobretudo pelas redes sociais. Por conta disso, ele afirma, estar reunindo o conteúdo para que seus advogados avaliem que providência tomar.
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