Letícia Cazarré relata diagnóstico de estresse pós-traumático após a filha caçula, Maria Guilhermina, nascer com uma cardiopatia rara, a Anomalia de Ebstein. A stylist recebeu a notícia quando ainda estava grávida da bebê, que é sua quinta herdeira, fruto do relacionamento com Juliano Cazarré.
Letícia Cazarré relata estresse pós-traumático por problema de saúde da filha
Em entrevista ao GShow, Letícia desabafa sobre a forma que recebeu a notícia. “O grande desafio da nossa vida, sem dúvida, é receber esse diagnóstico tão grave de um filho seu. Eram muitas dúvidas que surgiam: será que ela vai sobreviver? Conforme foram aparecendo as complicações, as intercorrências, a coisa foi tomando uma forma mais grave do que a gente imaginava. Nossa fé foi testada. Me perguntei o que tinha que aprender com isso“, analisa.
No entanto, Letícia também reconhece suas próprias mudanças após praticamente morar durante seis meses na UTI neonatal. “Cresci muito em paciência. A UTI neonatal é uma loucura! Um barulho 24 horas por dia, apitos, intercorrências, bebê chorando com dor… Eu dava plantão lá de 12 a 24 horas. Minha sorte é que ela é muito calminha. Vivi uma situação de muito estresse e nervosismo. Precisava ter paciência. Voltei transformada. Muito mais paciente com meus filhos, valorizando tudo“, detalha.
Choro e preocupação
Letícia, então, relata que o coração da neném está curado, no entanto, Maria Guilhermina desenvolveu uma doença pulmonar crônica, decorrente das várias complicações ao longo de seus primeiros meses de vida. Mesmo com a preocupação, a estilista explica que não existe nenhum tipo de comprometimento neurológico. “Mas em alguns períodos, quando pega uma infecção, o neurológico dela regride. Ela ficou com uma disfagia muito importante e parou de engolir. Por isso que precisou da traqueostomia. Mas isso é momentâneo e será resolvido com o crescimento do cérebro“, conta.
“Ela quase morreu várias vezes, inclusive com infecção hospitalar. Ela teve choque séptico duas vezes. Depois da alta, cheguei em casa do hospital com um recém-nascido cardiopata, pneumopata, neuropata e com uma série de complicações. A vida dela depende de mim“, desabafa.
Agora de volta à rotina diária, após a bebê deixar o hospital, Letícia compara seu emocional ao estado pós-traumático de um ex-combatente de guerra. “Nos sete meses que ela (Maria Guilhermina) passou internada, eu segurei firme na UTI e não chorava. Depois que voltei, que revi meus filhos, tudo o que vivi lá começou a assentar na minha cabeça e no meu coração. (…) Comecei a chorar no carro, na corrida, no mercado, do nada me pegava chorando. Está passando“, destaca.