Na quarta-feira (19), a última instância da Justiça da Itália condenou, por violência sexual de grupo, o atacante Robinho, de 37 anos. Nesta quinta-feira (20), a Justiça do país em questão anunciou que o jogador, que hoje vive na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, terá seu nome incluído na chamada lista vermelha da Interpol.
Com isso, o nome do atleta, que atualmente está sem clube, será difundido em uma lista que conta com 195 país. Essas nações receberam o pedido da Justiça italiana para que o jogador seja capturado e cumpra a pena de nove anos de detenção.
Além de Robinho, seu amigo, o também brasileiro Ricardo Falco, também foi condenado no julgamento encerrado na quarta-feira na Corte de Cassação de Roma, uma espécie de Supremo Tribunal Federal (STF). Os dois foram considerados culpados da acusação de estupro ocorrido em 2013, em uma boate de Milão, contra uma mulher de origem albanesa que, à época do caso, tinha 23 anos.
Em entrevista ao portal “Globo Esporte”, Stefano Opilio, diretor-geral de relações internacionais e cooperação judiciária do Ministério da Justiça italiano, confessou que é difícil Robinho e seu amigo serem extraditados para a Itália para o cumprimento da pena.
Isso porque, apesar de um tratado entre a Itália e o Brasil abrir uma brecha para que pessoas naturais do Brasil sejam extraditadas, a Constituição de 1988 veta a extradição de cidadãos brasileiros. Nesse sentido, ele afirma que a Justiça italiana vai pedir a execução da pena no Brasil. Logo, Stefano Opilio faz um apelo à Justiça brasileira. “Mais de 15 juízes analisaram o caso em primeira, segunda e terceira instância e confirmaram o relato da vítima”, começou.
“Agora é preciso ver como será o cumprimento dessa pena, o Brasil é um grande país e espero que saiba lidar com essa situação. Para nós, a sentença deve ser cumprida. Se fosse na Itália, ele iria para a prisão. Agora o Brasil tratará isso com base na sua Constituição”, disse.
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