A justiça de Goiás determinou nesta sexta-feira (10) a prisão dos dois agentes da Polícia Militar (PM) indiciados pela morte do barbeiro Chris Wallace da Silva, de 24 anos. A dupla foi indiciada pela morte do jovem, que tinha câncer nos ossos e morreu seis dias após ter sido abordado e, segundo as investigações, agredido pelos agentes enquanto estava na porta de sua casa em Goiânia.
Em nota, os defensores dos agentes da PM Bruno Rafael da Silva e Wilson Luiz Pereira de Brito Júnior, indiciados por homicídio qualificado, afirmaram que a determinação foi “desnecessária”. No entanto, mesmo assim, eles afirmaram que os policiais irão se apresentar – ainda não há a informação se eles, de fato, se apresentaram.
Agentes da PM assumiram o risco
A denúncia feita contra os agentes foi feita com base na análise das imagens e oitiva das pessoas. Com isso, a polícia conseguiu constatar, de acordo com Ernane Cázer, delegado do caso, que os agentes da PM assumiram o risco da morte de Chris Wallace, mesmo sem intenção.
Além disso, o delegado também afirmou que os laudos apontaram inúmeras lesões no jovem por ação contundente, o que acabou causando um traumatismo craniano no rapaz. Por fim, o delegado ainda explicou que um dos motivos do pedido de prisão dos acusados foi que um dos policiais entrou em contado com a irmã da vítima. Nesse sentido, a solicitação para que os policiais sejam detidos visa impedir eventuais intimidações de testemunhas.
Relembre o caso
De acordo com as informações, Chris Wallace foi abordado no último dia 10 de novembro. Na ocasião, ele havia saído para comprar refrigerante, quando, de repente, foi abordado pelos agentes da PM na porta de casa, onde acabou sendo agredido.
A família do jovem explicou que ele, que lutava contra o câncer há cerca de dez anos, pediu aos agentes que não fosse agredido, pois sofria da doença. No entanto, mesmo assim, os policiais bateram nele que, ao entrar em casa, teve crises convulsivas, vomitou sangue e precisou de socorro.
Conforme apontou um relatório médico, o jovem sofreu traumatismo na cabeça por espancamento, contusões no abdômen e nos pulmões. Ao todo, foram seis dias internados em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) até que a vítima não resistisse e morresse.
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