Não será desta vez que Glaidson Acácio dos Santos, mais conhecido como “Faraó dos bitcoins”, dono da G.A.S. Consultoria e Tecnologia, sairá da cadeia. Isso porque o julgamento de seu Habeas Corpus que estava marcado para a tarde desta terça-feira (19), foi remarcado para a próxima terça-feira (26), por conta da própria defesa do acusado.
O pedido também foi feito para Felipe Silva Novais e de Michael de Souza Magno, que também estão presos por fazerem parte do esquema de pirâmide financeira.
De acordo com as informações, o pedido aconteceu por que Glaidson mudou de advogado e, agora, a defesa pretende usar o tempo do adiamento para preparar a defesa do suspeito, que recentemente desconstituiu seus advogados anteriores.
Segundo informações do jornal “O Globo”, o andamento do julgamento aconteceu de forma virtual e acabou sendo interrompidos inúmeras vezes devido aos comentários escritos e do áudio dos mais de 300 participantes. Acompanhando o processo, essas pessoas pediam a liberdade para Glaidson.
Durante a sessão, o desembargador federal Flavio Lucas chegou a afirmar que, caso as interrupções continuassem, ele teria que determinar que a próxima sessão fosse sem público.
Mais de um mês preso
Glaidson está há mais de um mês preso. Ele foi capturado no mês passado pela Polícia Federal (PF) acusado de crime contra o sistema financeiro. Ao todo, informou a PF, ele repassou para 182 endereços o investimento feito em criptomoedas feito para a sua empresa, a G.A. S. Consultoria e Tecnologia.
Além disso, um relatório do Ministério da Justiça, que atua na investigação com a Polícia Civil, revelou que Glaidson investiu R$ 1,2 bi em criptomoedas. Toda essa quantia foi para a sua própria conta e também para outras 182 contas, lesando investidores.
Relembre o caso do Faraó dos bitcoins
O MPF revelou no final de agosto que estava investigando se a empresa GAS Consultoria Bitcoin, companhia com o maior número de investidores na cidade de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, vinha praticando golpes do tipo pirâmide financeira.
De acordo com o órgão, o foco era Glaidson Acácio, que prometia lucros de 10% por mês nos investimentos em criptomoedas. Todavia, no fim das contas, as pessoas que entraram no negócio acabaram com prejuízos enormes, pois o empresário ficava com o dinheiro para si, ou seja, não fazia nenhum investimento.
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