Desde o início da pandemia do novo coronavírus, os idosos e pessoas com comorbidades foram apontados como o maior grupo de risco para a infecção pela Covid-19. Essas pessoas representavam a maior parte do número de mortos pela doença. Contudo, com o passar dos meses, tais afirmações criaram como sensação de falsa segurança nos jovens. Muitos deles, acreditam estar imunes à doença, que teria poucos efeitos. Porém, meses após o início das infecções, é possível constatar que a Covid-19 também representa um risco para as pessoas com menos idade.
Essa falsa sensação de segurança por parte dos jovens tem levado muitos a desrespeitarem a quarentena. Festas clandestinas são realizadas, e, uma vez contaminadas, essas pessoas agem como um vetor da doença. Como resultado, cresce o número de contaminações em todas as faixas etárias. Os mais afetados, muitas vezes, são aqueles que residem no mesmo local que esses jovens.
Cresce número de jovens contaminados
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o percentual de jovens entre 15 e 24 anos contaminados pela Covid-19 triplicou no mundo nos últimos 5 meses. Anteriormente, essa parcela da população representava 4,5% do total de contaminados pela doença. Agora, esse percentual chega a 15%.
Nesse sentido, o Diretor-assistente da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), Jarbas Barbosa, afirmou que a América Latina não está conseguindo controlar a transmissão da doença. E, o papel dos jovens nesse problema têm crescido. Pois, a ida a bares e praias contribui para o aumento das contaminações.
De acordo com Barbosa, o pico das infecções por Covid-19 nas Américas deverá ocorrer no mês de agosto. Em seguida, espera-se que os países consigam controlar melhor as taxas de transmissão. Contudo, o quadro ainda é muito incerto. Dessa forma, a contribuição de todas as pessoas, sejam jovens ou não, é o único caminho possível para evitar mais contaminação e vencer a pandemia de Covid-19.