Joelma se pronunciou em entrevista ao ‘É de Casa’, da TV Globo, neste sábado (7), sobre sua relação conturbada com o pai, José Mendes, que faleceu em 2019. O patriarca era bastante violento e batia na mãe dela -algo que a cantora ressentiu por boa parte de sua vida.
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Para tentar perdoar José, a artista do Calypso recorreu à um jejum de sete dias: “Eu não sabia perdoar, então eu tinha um problema muito grande com o meu pai. Desde criança eu guardava o sentimento ruim que eu tinha por ele como se fosse um bicho de estimação. Quando eu comecei a estudar a Bíblia, ela fala que você precisa aprender a perdoar, então eu todo dia pedia para Deus tirar e aquilo foi saindo aos pouquinhos. E aí eu jejuei 7 dias, liguei e pedi perdão para ele”.
“Ele disse que quem tinha que pedir perdão era ele, e eu falei: ‘Não, sou eu, você não está entendendo, eu te odiava muito’. Aí foi um chororô. Aquilo foi a melhor coisa que fiz na minha vida, saiu um peso tão grande, e eu aprendi que se você guarda sentimentos ruins dentro de você, não tem como o Espírito Santo habitar”, finalizou ela.
Joelma revela detalhes sobre o pai
A cantora, que tem uma relação conturbada com o ex, Ximbinha, forneceu maiores detalhes sobre José, revelando que presenciou, diversas vezes, a mãe ser espancada: “A gente tinha muita violência dentro de casa, meu pai era violento, ele bebia muito, e a minha mãe trabalhava 24 horas por dia para sustentar 7 filhos e o marido. Mas assim, quando eu morava em uma cidade no interior, e na época era muito tranquila, meu dia começava cedo porque eu tinha que jogar futebol com os meninos, eu pulava no rio o dia todo, soltava pipa, e essa parte da minha infância me salva até hoje, porque eu era um passarinho fora da gaiola”.
Na ocasião, ela sonhava em ser advogada justamente para ter um diploma, diferente do restante de sua família: “Eu não queria ser cantora. Eu queria música para mim, dentro do eu quarto, mas eu queria ser advogada, me formar em advocacia, porque na minha família não tinha ninguém com diploma, então eu queria um diploma”.
“Só que não dava certo, toda vez que eu me dedicava a escola não dava certo. Quando eu me dedicava a música…era automático. Eu fiquei nessa briga até os 23 anos, aí eu não briguei mais, disse: eu aceito, vou mergulhar de cabeça, e deu certo”, celebrou ela.
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