Israel, líder mundial em vacinação, reabriu a maior parte da economia neste domingo (7). O país do Oriente Médio vacinou quase 40% da população em pouco mais de dois meses. A flexibilização das restrições ocorre após meses de paralisações e menos de três semanas antes das quartas eleições parlamentares do país em apenas dois anos.
O governo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu aprovou o afrouxamento das limitações no sábado (6). Agora, por exemplo, o principal aeroporto internacional reabre para um número limitado de passageiros por dia.
Bares e restaurantes, salas de eventos, eventos esportivos, hotéis e todas as escolas primárias e secundárias podem reabrir com algumas restrições ao número de pessoas. Além disso, certos lugares vão funcionar apenas para vacinados.
Israel confirmou pelo menos 800 mil casos de Covid-19 desde o início da pandemia e 5.861 mortes, de acordo com as autoridades de saúde.
Eleições em Israel
Netanyahu faz campanha pela reeleição como campeão no mundo na política de vacinação. Porém, ao mesmo tempo enfrenta acusações de corrupção na Justiça israelense. Mais de 52% da população de Israel de 9,3 milhões recebeu uma dose da vacina Pfizer. A percentagem de pessoas que receberam as duas injeções é de quase 40%.
Depois de fechar um acordo para obter grandes quantidades de vacinas Pfizer-BioNTech em troca de dados médicos, Israel distribuiu mais de 8,6 milhões de doses desde o lançamento da campanha de vacinação, no final de dezembro.
Mesmo assim, a taxa de desemprego de Israel permanece alta. Em janeiro, 18,4% da força de trabalho estava sem emprego por causa da pandemia, conforme dados oficiais.
Poucas vacinas fornecidas para os palestinos
Israel recebe críticas por não compartilhar quantidades significativas dos estoques de vacinas com os palestinos. Na última sexta-feira (5), Israel adiou os planos de imunizar os palestinos que trabalham dentro do país nos assentamentos na Cisjordânia.
De acordo com as autoridades israelenses, a prioridade é vacinar primeiro a própria população. A Autoridade Palestina informou que se defenderia por si mesma ao obter imunizantes do consórcio COVAX, programa criado pela Organização Mundial da Saúde para distribuir vacinas às nações pobres.