INSS e Ministério do Trabalho atuam no enfrentamento à violência contra as mulheres

O ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, participou nesta terça-feira (14), no plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), da celebração do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para estabelecimento de fluxo de informações relativas à violência contra as mulheres.

Para Oliveira, é uma grande conquista para o país que caminha para avanços cada vez mais efetivos relacionados ao assunto.

O ministro explicou que, atualmente, mulheres que passam por violência física e são seguradas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), podem solicitar o Benefício por Incapacidade Temporária ou Permanente.

“Com certeza, o Ministério do Trabalho e Previdência será atuante não só para fiscalização, mas para o trabalho de acompanhamento que vai ser executado pelo INSS”.

Ele também ressaltou que “o acordo não vai só repor o gasto público, vai também penalizar aquele que agride, vai mexer no bolso de quem agride, e isso terá um efeito didático bastante considerável”.

Banco de dados com informações para o combate à violência contra as mulheres

O ACT prevê o estabelecimento de fluxo de informações entre a Justiça e os órgãos envolvidos para aprimorar o ressarcimento dos prejuízos suportados pela Previdência Social com benefícios como pensão por morte e aposentadoria por invalidez pagos a vítimas e familiares de vítimas de agressões, bem como contribuir para a estruturação de um banco de dados relacionado à violência contra as mulheres que auxilie na formulação de políticas públicas.

Proteção às mulheres e sustentabilidade da Previdência

O presidente do INSS, Guilherme Serrano, afirmou:

“Nós temos a responsabilidade de compartilhar informações para que o Estado possa agir de forma inteligente, preventiva e corretiva, quando necessário. Vamos fornecer nossas bases para que a Advocacia-Geral da União execute o trabalho de mitigar, prevenir e reprimir atos de violência contra a mulher. Mas não só isso, pois trata-se da também da sustentabilidade do sistema previdenciário”.

O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal e do CNJ, encerrou a solenidade, afirmando que “esse acordo visa criar um fluxo de informações para que o poder público penalize patrimonialmente o agressor. Se o INSS tiver despesas em função da violência doméstica, ele sofrerá a responsabilidade patrimonial de regresso de recursos ao Instituto. E o fluxo de informações vai permitir aprimorar muito a política nacional de proteção das mulheres.”

Com informações do Ministério do Trabalho e Previdência

Veja ainda: Auxílio de R$ 540 para jovens: Inscrições vão até dia 17; saiba como participar

Vanessa Alves

Formada em Administração de Empresas e Redatora especialista em Benefícios Sociais e Direitos do Trabalhador.

Recent Posts

Confira o calendário do programa Mães de Pernambuco 2025

O programa Mães de Pernambuco 2025 já está movimentando as expectativas das mamães pernambucanas. Com…

14 horas ago

Pé-de-Meia Licenciaturas: o que você precisa saber sobre as regras de manutenção

O Pé-de-Meia Licenciaturas é uma das iniciativas mais aguardadas por estudantes que buscam formação superior…

2 dias ago

Bolsa Família e Auxílio Gás: veja as datas de pagamento do mês de agosto

Agosto chegou trazendo uma boa notícia para quem depende do Bolsa Família e do Auxílio Gás. Saber…

3 dias ago

PIS/PASEP: Pagamento final do abono salarial é realizado nesta semana – confira se você tem direito

Chegou o momento decisivo para milhares de trabalhadores brasileiros: o pagamento final do abono salarial…

1 semana ago

Descontos ilegais: INSS devolve R$ 1 bilhão a beneficiários afetados

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) surpreendeu milhares de pessoas ao anunciar a devolução…

1 semana ago

Bolsa Família em agosto terá adicional de R$ 108; confira as datas de pagamento

Além do valor regular do Bolsa Família, haverá um adicional de R$ 108 referente ao…

1 semana ago