Inflação para as famílias de renda mais baixa dispara em março

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 1,71% em março deste ano, superando a taxa registrada em fevereiro (1,00%). A saber, esta é a maior variação para o mês de março desde 1994, quando o índice variou 43,08%, período que antecedeu o Plano Real.

No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa passou de 10,80% para 11,73%. Além disso, a variação em março deste ano ficou duas vezes superior à taxa registrada no mesmo mês de 2021 (0,86%). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta sexta-feira (8).

Em resumo, o IBGE calcula o indicador desde 1979. O índice se refere às famílias que possuem rendimento mensal de um a cinco salários mínimos. Nesse caso, o chefe da família é assalariado. Além disso, o INPC é usado como referência para reajustes salariais e benefícios do INSS.

O INPC abrange dez regiões metropolitanas do país: Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória. Além destas, a coleta também acontece nos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís.

Inflação sobe em todos os locais pesquisados em março

De acordo com o IBGE, a taxa de todos os 16 locais pesquisados superaram a variação registrada em fevereiro. Aliás, Curitiba teve a maior inflação no mês passado, com a taxa disparando de 1,12% para 2,54%.

Em seguida, ficaram: Goiânia (0,99% para 2,13%), São Luís (1,35% para 2,05%), Campo Grande (1,12% para 1,85%) e Rio de Janeiro (1,28% para 1,77%). Todas estas taxas também superaram a inflação nacional em março.

Já as menores variações foram registradas em Belém (0,87% para 1,44%), Brasília (0,96% para 1,46%), Belo Horizonte (1,10% para 1,49%) e Aracaju (1,28% para 1,49%).

No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação pelo INPC chegou a 11,73% no Brasil.  Nesse caso, oito dos 16 locais pesquisados tiveram uma taxa superior à nacional: Curitiba (14,55%), Salvador (12,80%), Goiânia (12,29%), Campo Grande (12,28%), Vitória (12,25%), São Paulo (12,13%), São Luís (11,78%) e Rio Branco (11,77%). Já a menor taxa foi novamente a de Belém (8,88%).

Por fim, o levantamento revelou que os produtos alimentícios aceleraram em março, de 1,25% para 2,39%. Da mesma forma, os produtos não alimentícios também tiveram acréscimo na comparação mensal, de 0,92%% para 1,50%.

Leia Também: Perda de renda em 2021 foi maior para os mais ricos, aponta estudo

Ruan Samarone

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