Indicador de incerteza da economia despenca 7,0 pontos em dezembro

O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) tombou 7,0 pontos em dezembro em relação ao mês anterior. Aliás, esse foi o terceiro recuo seguido após o salto de quase 15 pontos em setembro.

Com o acréscimo do resultado, o indicador fechou o ano em 122,3 pontos e permanece acima do nível registrado em fevereiro de 2020 (115,1 pontos), último mês antes da decretação da pandemia da Covid-19.

Embora o indicador esteja elevado, seu nível segue muito longe da sua máxima histórica, de 210,5 pontos, alcançada em abril do ano passado. Em resumo, a disparada aconteceu por causa da crise sanitária, que trouxe muitas incertezas para todo o planeta.

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quarta-feira (29).

“A terceira queda consecutiva do IIE-Br foi impulsionada por seus dois componentes, de Mídia e de Expectativa, que, desde julho deste ano, não registravam queda simultânea”, disse a economista da FGV, Anna Carolina Gouveia.

“O resultado reflete a continuidade da melhora dos indicadores da Covid-19 no Brasil, já considerando a disseminação até o momento moderada da variante Ômicron no país e, da menor dispersão, se comparado ao mês anterior, das previsões de especialistas para os cenários de variáveis macroeconômicas em 2022”, acrescentou a economista.

“O IIE-Br termina 2021 acima dos 120 pontos, nível ainda insatisfatório para o indicador. Os próximos resultados de curto prazo dependerão da evolução, principalmente, da nova variante do coronavírus no Brasil”, afirmou.

Componentes de mídia e expectativa caem em dezembro

De acordo com a FGV, os dois componentes do IIE-Br caíram em dezembro. Em suma, o componente de mídia recuou 5,0 pontos, para 117,6 pontos. Assim, contribuiu com 4,4 pontos para a queda do IIE-Br no mês.

Já o componente de expectativas tombou 12,2 pontos em dezembro, para 131,8 pontos, após quatro avanços seguidos. O componente contribuiu com 2,6 ponto para o recuo do IIE-Br no mês. Em síntese, este componente mede a dispersão das previsões para os próximos 12 meses.

Por fim, vale dizer que a média do IIE-Br entre 2015 e 2019 ficou em 115 pontos. Assim, o nível do indicador em dezembro deste ano, apesar do forte recuo, segue acima da média dos últimos anos. Além disso, mostra que o país continua preocupado com o avanço da pandemia.

Leia Mais: Preços dos combustíveis caem pela quinta semana consecutiva

Ruan Samarone

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