Inadimplência cai pela primeira vez em 2023

O Serasa divulgou nesta semana o Mapa de Inadimplência do país, uma pesquisa que indica a quantidade de brasileiros endividados no país. Segundo o levantamento, o país teve a primeira queda na quantidade de inadimplentes no ano, interrompendo uma sequência de altas. A queda foi de 0,63% no mês de junho, o que representa menos 450 mil pessoas endividadas. Nesse sentido, ao todo, o país conta com 71,45 milhões de inadimplentes e, em maio, o número era de 71,9 milhões.

Além disso, a quantidade total de dívidas no período também caiu, saindo de 264,5 milhões para 262,8 milhões. Já o valor total das dívidas no mês passado atingiu R$346,3 bilhões no mês passado, sendo o valor médio por pessoa de R$4.846,15. Segundo o próprio Serasa, a última vez que o Mapa da Inadimplência registrou queda foi entre novembro e dezembro do ano passado.

Recebimento de 13º e férias podem ter ajudado a reduzir inadimplência

O período do meio de ano é uma época onde os brasileiros costumam contar com uma maior orçamento. Isso se deve ao fato de muitas pessoas que trabalham em regime celetista receberem uma parte do 13º salário. Além disso, é um período onde os trabalhadores costumam tirar férias, e aqueles que estão em regime celetista, recebem um adicional.

“Apesar do cenário econômico ainda desfavorável, com inflação e juros altos, a primeira queda na inadimplência do ano representa um dado significativo e que pode sinalizar melhoras na saúde financeira dos consumidores”, apontou Aline Maciel, gerente do Serasa Limpa Nome.

Segundo a pesquisa, o total de inadimplentes em junho equivale a 43,78% da população adulta do país. Nesse sentido, entres os estados, o Rio de Janeiro é o que tem a população mais endividada, 52,8%. O estado é seguido por Amapá (52,72%), Amazonas (52,20%), Distrito Federal (52,05%) e Mato Grosso (50,33%).

Desenrola Brasil ajudará a reduzir quantidade de endividados

Na última segunda-feira (17), o governo federal iniciou a primeira fase do programa de renegociação de dívidas, o Desenrola Brasil. A expectativa é reduzir a quantidade de brasileiros inadimplentes, principalmente nas camadas de baixa renda. Nesse sentido, com as dívidas negociadas, os brasileiros vão poder ter maior acesso ao crédito. Para fazer a renegociação, é necessário entrar em contato diretamente com o banco em que o inadimplente possui a dívida.

Nesta primeira fase, estão sendo renegociadas exclusivamente dívidas bancárias. O público alvo são as pessoas que possuem renda mensal de até R$20 mil e que foram inscritas no cadastro de inadimplentes até 31 de dezembro de 2022. Por fim, na segunda fase, poderão ser renegociadas as contas de consumo, como água, telefone e luz.

João Belarmindo

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