O Banco Central do Brasil deixou está preocupado com a pressão inflacionária, e com isso, aumentando a taxa básica de juros (Selic) de forma mais agressiva do que o esperado anteriormente, gerando risco para os investimentos.
Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros, a Selic, de 7,75% para 9,25% ao ano. Além disso, houve a sinalização ao mercado de que poderia haver uma alta ainda mais forte em sua próxima reunião de política monetária.
Como outros bancos centrais ao redor do mundo, a pandemia do COVID-19 forçou os banqueiros centrais do Brasil a fazer grandes cortes na Selic, que terminou o ano passado em baixa recorde de 2%.
Por trás da mudança drástica está o fato de a taxa de inflação anual ter atingido 10,06% no ano de 2021, acima do centro da meta do governo. Desse modo, a pressão inflacionária deve continuar nos próximos meses, já que o Brasil enfrenta um risco crescente de racionamento de energia devido ao menor nível de chuvas em 91 anos.
Importante destacar que, cerca de 70% da energia elétrica do país é proveniente de hidrelétricas e o governo federal está adotando medidas, como aumento de preços, para reduzir o consumo.
O dólar figura como a moeda mais importante do mundo, e os títulos do tesouro emitidos nos Estados Unidos, chamados de Treasuries, possuem muita credibilidade no mercado financeiro global.
Em outras palavras, isso significa que qualquer aumento de taxa de juros aumenta a atratividade de comprar títulos americanos, fazendo com que o dinheiro saia das mãos dos países emergentes, como o caso do Brasil. Sendo assim, com os juros baixos em todo o mundo durante o período da pandemia, e com o mercado financeiro recebendo mais dinheiro de Bancos Centrais via pacotes de estímulos, o mercado acionário global vem sofrendo grandes perdas.
Para se ter uma ideia, a dívida pública bruta média nos mercados emergentes aumentou quase 10 pontos percentuais desde 2019, atingindo uma estimativa de 64% do PIB até o final de 2021, com grandes variações entre os países. O impacto do aperto do Fed em um cenário como o do Brasil, com alta dívida pública e privada, exposições cambiais e saldos em conta-corrente mais baixos, já viram movimentos maiores no real em relação ao dólar americano.
Além disso, as taxas mais altas no Brasil e nos EUA representam uma preocupação para o financiamento de projetos de infraestrutura, pois encarece a captação de recursos.
Os investidores devem estar atentos à política fiscal e à capacidade do governo brasileiro de controlar os gastos públicos, o que pode permitir um aumento mais gradual por parte da autoridade monetária em relação à Selic.
Embora se projete que a recuperação global continue neste ano e no próximo, os riscos para o crescimento permanecem elevados pela pandemia teimosamente ressurgente. Dado o risco de que isso possa coincidir com um aperto mais rápido do Fed, as economias emergentes, como o Brasil, devem se preparar para possíveis crises de turbulência econômica.
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