Santa Catarina: o estado com menor impacto no PIB com Auxílio Brasil

O impacto no PIB com Auxílio Brasil é observado mediante a distribuição da economia na localidade. Quanto melhor a distribuição no município, menor o grupo em vulnerabilidade e menor o impacto no PIB.

O município que está no topo dessa lista é Pomerode, no Vale do Itajaí, Santa Catarina. A localidade possui a economia que menos crescerá em função do Auxílio Brasil. 

A informação foi apurada pelo professor titular de economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ecio Costa. 

Impacto no PIB com Auxílio Brasil

Os municípios que possuem o menor impacto no PIC com Auxílio Brasil são da Região Sul. Ou seja, na região há menos pessoas recebendo o benefício social quando comparado ao total. 

Dos 100 municípios com menor impacto, 26 são do estado de Santa Catarina. Além de Pomerode, nesta lista estão:

• Luzerna, Rio Fortuna, São João do Oeste, Itapiranga, Piratuba, Iomerê, Lacerdópolis, Treze Tílias, Cunhataí, Timbó, Pinhalzinho, Peritiba, Itajaí. Rancho Queimado, Rio do Oeste, Águas Mornas, Campos Novos, Agronômica, Ipumirim, Cunha Porã, Pinheiro Preto, Indaial, Jaraguá do Sul, Lontras e Gaspar.

Já os 100 municípios que terão maior impacto positivo no PIB são das regiões Nordeste e Norte do país. No topo da lista está Serrano do Maranhão, onde das 10.343 famílias, 4.370 serão beneficiadas com o Auxílio Brasil. 

De acordo com dados do mês de maio, a previsão do impacto, sem incluir o acréscimo de R$ 200, chegará a quase 34% do PIB deste ano.

“Esse estudo é uma continuação de outro que fiz em 2020 sobre o Auxílio Emergencial. Naquela época, se mostrou muito importante para famílias de baixa renda, mudando a realidade de muitos municípios no auge da pandemia, onde as famílias priorizam gastos com alimentos e pequenas reformas na construção civil. Isso foi importante naquela época e agora será também. É um programa que deveria ser perpétuo para ajudar as famílias que têm muita dificuldade de ter o mínimo”, explica o professor Ecio Costa.

 

O professor alerta para o risco do aumento da inflação devido ao pagamento do adicional. A gestão precisa ter um bom planejamento para conseguir ter geração de receita suficiente, para bancar esses programas sociais.

Analisando os estados, o estudo feito pelo professor Ecio Castro mostra que:

• SC será o segundo menos impactado no PIB em função do Auxílio Brasil. Terá uma alta direta de 0,24%;
• Só atrás do Distrito Federal, onde será de 0,19%;
• Em terceiro ficou São Paulo, com 0,40%;
• O maior será no Maranhão, de 4,69%;
• Seguido por Piauí, 4,39%; e
• Paraíba, 3,84%.

Em Santa Catarina, 184 mil famílias são beneficiadas pelo Auxílio Brasil. Segundo o IBGE, mais de 615 mil pessoas possuem renda diária insuficiente. 

Auxílio Brasil de R$ 600

O Governo Federal está pretendendo antecipar o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600. Originalmente o benefício é pago nos últimos 10 dias úteis do mês. Até então o depósito iniciaria no dia 18 de agosto.

Com a mudança o pagamento começa no dia 9 de agosto. Confira o cronograma com as novas datas:

• 9 de agosto (terça-feira): depósito do benefício para NIS final 1;
• 10 de agosto (quarta-feira): depósito do benefício para NIS final 2;
• 11 de agosto (quinta-feira): depósito do benefício para NIS final 3;
• 12 de agosto (sexta-feira): depósito do benefício para NIS final 4;
• 15 de agosto (segunda-feira): depósito do benefício para NIS final 5;
• 16 de agosto (terça-feira): depósito do benefício para NIS final 6;
• 17 de agosto (quarta-feira): depósito do benefício para NIS final 7;
• 18 de agosto (quinta-feira): depósito do benefício para NIS final 8;
• 19 de agosto (sexta-feira): depósito do benefício para NIS final 9;
• 22 de agosto (segunda-feira): depósito do benefício para NIS final 0;

O adicional de R$ 200 será pago até dezembro de 2022.