Uma semana. Este é o tempo que o corpo de Genézio Antonio Silva, de 59 anos, está dentro de sua casa, em Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. De acordo com as informações, o corpo continua no local porque as entidades não decidem quem é a responsável por removê-lo do imóvel.
Segundo uma reportagem da “TV Globo”, vizinhos estranharam quando o homem parou de aparecer nos corredores do local onde mora. Conforme relata Boniek Santos, em entrevista à emissora carioca, Genézio costumava passar todos os dias, no mesmo horário, em torno do local onde mora para conversar com os vizinhos.
“Ele basicamente sumiu, ficou um tempo sem aparecer. Com isso, surgiu um certo odor”, lembrou o vizinho, que contou que, na segunda (20), os moradores do local acionaram o Corpo de Bombeiros.
Ao chegar, isso na manhã de segunda, os agentes arrombaram o apartamento e encontraram Genézio sem vida, afirmando que o homem estava falecido há pelo menos uma semana.
Na tarde do mesmo dia, ainda conforme o morador, um médico foi ao local e atestou o óbito do homem, dizendo que a causa ainda é indeterminada.
Ninguém para remover o corpo
Após os bombeiros entrarem no local e o médico atestar o óbito, o corpo do homem ainda continuou no imóvel. Por conta disso, os vizinhos de Genézio entraram em contato com a polícia, mas nada de remoção.
“Eu entrei em contato com a polícia, com o bombeiro, com o rabecão. Só jogo de empurra. Falaram que, como quem atestou o óbito foi a Clínica da Família, eles que teriam que continuar com o procedimento”, disse Boniek Santos.
Segundo ele, nesta terça-feira (21), o corpo continuava no apartamento e, por conta disso, algumas pessoas precisaram sair do prédio, pois o cheiro já beira o insuportável.
“Empurra-empurra”
Em nota, a Polícia Militar (PM) alegou que não pode fazer a remoção porque não há indícios de crime. Já o Corpo de Bombeiros afirmou que não houve pedido, relatando ainda que “para que seja feita a remoção, é preciso que a polícia vá até o local e que seja expedida uma guia de remoção de cadáver pela delegacia”.
Por fim, a Secretaria de Assistência Social relatou que a Coordenadoria de Assistência Social dará as orientações aos vizinhos, afirmando ainda que “vai providenciar a remoção do corpo e o enterro gratuito”.
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