Homem confundido com traficante e preso sem provas é solto no rio

Depois de passar 22 dias preso por ter sido confundido com um traficante acusado de tentativa de homicídio em agosto em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o vendedor José Maurício da Silva Almeida, 30 anos, foi solto.

De acordo com as informações, a liberdade do homem, preso mesmo sem provas ou antecedentes criminais, foi registrada na terça-feira (26) após a Justiça conceder um Habeas Corpus para ele, que mora na comunidade Buraco do Boi, onde o crime pelo qual ele foi acusado aconteceu.

Em entrevista ao portal “G1”, à época da prisão de José Maurício, sua mãe, Edimar da Siva, afirmou que a família do homem estava passando por tempos de desespero e angústia por conta da prisão injusta de seu filho. “Ele tá lá sofrendo na delegacia e o bandido está aí, solto”, desabafou.

“ Eu quero só liberdade para tirar meu filho. Não aguento mais esse sofrimento. A família toda sofrendo, e um inocente lá pagando uma coisa que nunca cometeu”, completou Edimar na ocasião.

A liberdade do homem, preso mesmo sem provas ou antecedentes criminais, foi registrada na terça após a Justiça conceder um Habeas Corpus para ele. (Foto: reprodução)

A prisão de José Maurício

Segundo as informações, a prisão de José Maurício aconteceu depois que um homem procurou a polícia para afirmar ter sido vítima de traficantes, que haviam tentado matá-lo porque ele vive em outra comunidade, dominada por uma facção rival. De acordo com o homem, ele só não foi morto porque conseguiu fugir, mesmo com os bandidos atirando contra ele.

Com a denúncia em mãos, a Polícia Civil passou a investigar o caso e identificou duas pessoas João Victor Gonçalves Sant’ana e “Nenzinho”. O primeiro foi capturado na comunidade. Já o segundo, “Nenzinho”, não foi preso. Isso porque, em seu lugar, José Maurício foi detido, pois a vítima afirmou que ele era o próprio “Nenzinho”.

Apesar da falta de antecedentes criminais e clareza na investigação, José Maurício foi indiciado por tentativa de homicídio e associação ao tráfico de drogas. Alguns dias depois, o Ministério Público denunciou os dois presos, dizendo que tanto João Victor quanto José Maurício eram integrantes de uma facção criminosa que domina a comunidade.

Novamente, mesmo sem provas, a Justiça aceitou a denúncia e a prisão temporária de José Maurício foi convertida em preventiva, aquela que não tem tempo para expirar. Agora, livre, o homem, que trabalha de carteira assinada há mais de três anos, no Centro de Niterói, responderá ao processo em liberdade, tentando provar que tudo não passou de um grande engano.

Leia também: Polícia prende, acusado por estupro, caçador que ajudou nas buscas por Lázaro Barbosa

Alisson Ficher

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