Um relacionamento que durou um ano se transformou em dor e noites sem dormir para uma jovem de 19 anos que mora em Itatiba, no interior de São Paulo. Em entrevista ao portal “UOL”, nesta terça-feira (16), a garota revelou que, após semanas de perseguição, o ex-namorado, que está preso, sequestrou uma amiga dela na semana passada, ameaçou um tio e incendiou um carro da mãe.
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Segundo a jovem, que não teve a identidade revelada, o homem, de 35 anos, começou no ano passado. Alguns meses depois, após casos mútuos de traição, a relação se tornou insustentável. “Ele me bateu com um cabo de faca no dia que falamos sobre as traições e disse que iria me matar. Quando falei que ia embora, ele fingiu desmaio, fez um escândalo, e disse que nunca mais ia me bater”, disse a jovem na entrevista.
De acordo com ela, assim que a primeira discussão terminou, o homem foi até a casa da mãe dela e incendiou o veículo que ela utilizava. Depois de alguns dias, o homem foi até a casa de um tio, também em Itatiba, e ameaçou o homem. Há duas semanas, a mulher decidiu encerrar o relacionamento de vez e fugiu da casa onde vivia com o homem. Com isso, as ameaças só pioraram.
Ex-namorado sequestrou amiga da jovem
Na última quarta-feira (10), de acordo com o “UOL”, o homem comprou um chip de celular para mandar mensagem para a ex. Ele, então, se passou por outra pessoa e ofereceu um suposto trabalho à ex-mulher.
No entanto, ela não aceitou e passou o telefone de uma amiga. Com isso, a amiga, de 22 anos, aceitou a proposta e encontrou o homem. Depois de encontrar a jovem, o homem contou que era ex-marido da amiga dela.
Segundo a vítima, o homem também disse que iria amarrar a ex-esposa em uma árvore por três dias e que voltaria para atear fogo ao corpo. Sob ameaças constantes de morte, ela acabou indo ao mercado com o rapaz, até que conseguiu mandar uma mensagem via WhatsApp para o namorado.
O homem foi preso em flagrante por cárcere privado, sequestro e ameaça. Na delegacia, não falou nada sobre o caso e disse que se manifestará apenas em juízo. O autor já tinha passagens por roubo, tráfico de drogas, e, quando menor, passou pela Fundação Casa por furto.
“Não acho que vou ter paz com a prisão dele. Ele mesmo dizia, quando falei que ia chamar a polícia, que ‘cadeia não é prisão perpétua’. Eu tenho medo de sair de casa, não consigo dormir, comer, nem fazer nada direito”, desabafa a ex-companheira na entrevista.
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