A Holanda se tornou mais um país a suspender a vacinação com a vacina da Oxford/AstraZeneca. No último domingo (14), por precaução, o uso da vacina contra o coronavírus da AstraZeneca foi suspenso até 28 de março, depois de “possíveis efeitos colaterais” terem sido relatados na Dinamarca e na Noruega. Diversos países estão interrompendo a vacinação após casos de trombose, que ainda precisam de investigação para serem associados ao imunizante.
Medida de precaução para investigação de reações à vacina da Oxford
Em um comunicado divulgado ontem, o Ministério da Saúde da Holanda anunciou que a medida de suspensão da vacina da Oxford foi tomada “como precaução, enquanto se aguarda a investigação adicional”. Segundo o ministro da Saúde, Hugo de Jonge, “a questão crucial é saber se tratam-se de queixas após a vacinação ou causadas pela vacinação. Não devemos ter dúvidas sobre as vacinas”, explicou. “Temos de ser prudentes. É o mais sensato a fazer agora, por precaução”, acrescentou.
Suspensão da vacina em vários países
A Noruega, assim como a Islândia e a Dinamarca, divulgaram na quinta-feira (11) a suspensão do uso da vacina da Oxford/AstraZeneca, por temores relacionados à formação de coágulos sanguíneos em pacientes vacinados. Em seguida, Bulgária e Tailândia decidiram adiar a campanha de imunização com o produto. A Irlanda tomou uma decisão parecida. A comissão encarregada da vacinação adotou a medida em nome do “princípio da precaução”, anunciou o médico-chefe Ronan Glynn, em um comunicado.
Vacinados devem procurar um médico caso identifiquem sintomas desconhecidos
A decisão aconteceu após a agência norueguesa de produtos de saúde informar sobre “quatro novos casos de coágulos sanguíneos em adultos” que receberam a vacina da Oxford. Na Itália, a região de Piemonte decidiu também cessar o uso do imunizante após a morte de um professor no dia anterior. Na Holanda, nenhum caso semelhante teve registro, informou o Ministério da Saúde, que aconselhou as pessoas vacinadas com o produto a entrarem em contato com seu médico se apresentarem sintomas “inesperados e ou desconhecidos” após três dias.
O co-desenvolvedor da vacina da Oxford diz que o imunizante é seguro
A vacina contra a Covid-19 feita pelo grupo farmacêutico sueco-britânico AstraZeneca com a Universidade de Oxford é segura, garantiu seu co-desenvolvedor após preocupações que levaram à suspensão de seu uso em vários países. O diretor do Instituto Oxford, Andrew Pollard, que desenvolveu o imunizante, disse nesta segunda-feira (15) que não há “provas de um aumento das tromboses no Reino Unido, onde a maior parte das vacinas foi administrada atualmente.”
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