Guerra na Ucrânia: indústria brasileira sofre com altos custos de matéria-prima

A indústria brasileira vem sofrendo nos últimos meses com os custos cada vez mais elevados das matérias-primas. De acordo com um levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), sete em cada dez empresas da indústria extrativa e de transformação afirmaram que os custos dos insumos vieram mais altos que o esperado.

Ao considerar apenas a indústria da construção civil, 73% das empresas se surpreenderam com os preços elevados. Esse cenário explica o aumento da inflação para o setor no mês passado. Aliás, essa situação já fez até os brasileiros reduzirem os gastos relacionados à construção civil.

A pesquisa também revelou que 58% das empresas na indústria extrativa e de transformação que dependem de insumos importados sentiram o aumento de preços. Na construção civil, a taxa é ainda mais expressiva, de6 8%.

Guerra na Ucrânia pressiona custos dos insumos

Desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia em 24 de fevereiro, o mundo torce para que a guerra chegue ao fim. Além das perdas humanas, diversas nações estão sofrendo com a alta da inflação global e a redução da oferta de insumos. E isso também está afetando a indústria brasileira.

Segundo o gerente-executivo de economia da CNI, Mário Sérgio Telles, a guerra no leste europeu prejudica as cadeias globais de suprimento.

“O conflito e as sanções impostas à Rússia acentuaram o problema das cadeias de suprimento, gerando gargalos no fornecimento de insumos e energia, além de barreiras ao sistema de logística internacional. Esse fato provoca atrasos e interrupções no fornecimento de insumos, além da excessiva elevação de preços, como temos visto”, explicou Sérgio Telles.

Em meio a isso, os principais desafios das empresas da indústria brasileira têm sido a elevação dos custos e a falta de insumos. A saber, 72% das empresas estão com dificuldade para comprar produtos importados. Por isso, mais de 40% das empresas pretendem trocar os fornecedores importados por nacionais.

Por fim, a pesquisa também mostrou que 39% das empresas acreditam que a oferta vai se normalizar ainda em 2022. Em outubro do ano passado, a taxa era duas vezes maior, de 80%.

Leia também: Sebrae lança campanha para pequenas empresas renegociarem dívidas

Ruan Samarone

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