Governo quer que reforma do IR vá ao Congresso só após votação da tributária

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou nesta sexta-feira (14) que o governo federal vai encaminhar a reforma do Imposto de Renda (IR) somente após a votação da reforma tributária, que hoje está no Senado. Segundo o ministro, o texto vai ser encaminhado junto com o Orçamento da União de 2024, pois ambos dependem da reforma para ambos serem aprovados.

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De acordo com informações do jornalista Valdo Cruz, do canal “Globo News”, a ala política no Palácio do Planalto e do Congresso avalia que agora não é o melhor momento para se discutir a reforma do IR, pois o tema é polêmico, visto que vai aumentar o Imposto de Renda de alguns setores da classe média e também do empresariado.

Ainda conforme o jornalista, assessores do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e também líderes no Congresso, avaliam que a reforma do Imposto de Renda tem potencial para gerar muita controvérsia, o que poderá atrapalhar a votação da reforma tributária, classificada como a “prioridade das prioridades” no segundo semestre.

Depois de passar por votação na Câmara, o texto será votado no Senado – a previsão é que a análise tenha início em agosto, no retorno do recesso parlamentar. No meio da semana, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, se mostrou confiante com a aprovação da lei ainda neste ano. “Tenho certeza que vamos sair vitoriosos de mais essa etapa e vamos oferecer ao Brasil o que ele precisa para voltar a crescer”, disse o ministro.

“A equipe econômica alega que a reforma do IR começaria a ser votada na Câmara, não atrapalhando o Senado na tramitação da reforma tributária”, afirma Valdo Cruz, que relata que, por parte da ala política, o entendimento é que a reforma do IR na Câmara vai acabar tirando o protagonismo do Senado neste segundo semestre, colocando em risco a aprovação da reforma ainda neste ano.

A reforma do Imposto de Renda é a segunda etapa da tributária. Durante a campanha eleitoral, Lula prometeu que iria propor o aumento da faixa de isenção do IR da pessoa física e ainda criar a tributação sobre a distribuição de lucros e dividendos – além disso, a meta da reforma é também reduzir o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica.

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Alisson Ficher

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