O governo do estado de São Paulo inaugurou nesta terça-feira (21) uma casa de acolhimento para dependentes químicos. Em um primeiro momento, parece mais uma notícia corriqueira de obras da gestão paulista. No entanto, a obra foi um marco para a comunidade LGBTQIA+.
Isso porque o espaço inaugurado pelo governo representa a primeira casa de acolhimento para dependentes químicos dedicada exclusivamente para a comunidade em questão. De acordo com as informações, o espaço poderá abrigar até dez pessoas.
No mesmo dia, a gestão do governador João Doria também abriu outras duas casas. Nestas, consideradas convencionais, poderão ser abrigadas até 30 pessoas em cada uma. Destas, 20 serão homens e dez mulheres.
Em nota, o governo relatou que as casas foram criadas com o intuito de atender pessoas que estão em atendimento ambulatorial e apresentam uma alta vulnerabilidade social. “As casas atendem apenas pessoas encaminhadas pelo Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), equipamento da Secretaria de Estado da Saúde”, informou o governo paulista.
Ainda de acordo com a gestão paulistana, as casas irão oferecer aos “hóspedes” alimentação, oficinas socioeducativas, atendimento de equipe psicossocial composta por psicólogos e assistentes sociais e ainda um acompanhamento feito por profissionais da rede de serviços de saúde e da assistência social.
“As pessoas acolhidas pelas casas de passagem permanecem nelas, em média, por 30 dias”, relatou o governo do estado de São Paulo, completando ainda que a administração das casas ficará a cargo da Organização da Sociedade Civil Samaritano São Francisco de Assis (OSC), que foi a vencedora de uma licitação. A entidade terá como função executar o serviço de acolhimento seguindo a metodologia implantada pelo Governo do Estado.
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