Na tarde desta terça-feira (7), o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que não adotará o passaporte da vacina a viajantes internacionais que chegam ao Brasil, rejeitando assim a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, viajantes não vacinados contra a Covid-19 deverão cumprir quarentena de 5 dias ao chegar ao país, além de apresentar um teste negativo para a doença.
O anúncio sobre a rejeição ao passaporte da vacina e a adoção da quarentena para não imunizados foi feito pelos ministros Marcelo Queiroga, da Saúde, e Ciro Nogueira, da Casa Civil.
“É necessário defender as liberdades individuais, respeitar os direitos dos brasileiros acessarem livremente as políticas públicas de saúde. E é assim, como falou o ministro Ciro Nogueira [Casa Civil], que já conseguimos imunizar com as duas doses cerca de 80% da população brasileira acima de 14 anos, a nossa população vacinável, mais de 175 milhões de habitantes”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
“Nós nos reunimos diversas vezes para buscar uma tomada adequada de decisão. A própria Organização Mundial de Saúde (OMS), a respeito da variante ômicron […] já se pronunciou a esse respeito, dizendo da responsabilidade que se deveria ter ao impor restrição a cidadãos que eventualmente não tomaram as suas doses de vacina”, acrescentou ele.
“Não se pode discriminar as pessoas entre vacinadas e não vacinadas para a partir daí impor restrições. Até porque já se sabe que infelizmente a vacina não impede transmissão”, prosseguiu o ministro.
Bolsonaro chamou passaporte da vacina de “coleira”
Queiroga, porém, não apresentou todo o argumento da OMS sobre o tema. A entidade pediu para os países aumentarem a capacidade dos sistemas de Saúde e o ritmo da vacinação contra Covid-19. A entidade também disse que restrições a viajantes servem para os países ganharem tempo no combate à nova variante, mas não podem ser a única resposta.
Também na tarde de hoje (7), o presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou o passaporte da vacina de “coleira”, mas ressaltou que não é contra a aplicação dos imunizantes.
Com as medidas anunciadas pelo ministro Queiroga, para entrar no Brasil, os viajantes vindos de outros países devem apresentar um teste PCR negativo para Covid-19 feito nas últimas 72h antes do embarque e preencher a Declaração de Saúde, além de mostrar o comprovante de vacinação. Quem não estiver vacinado poderá entrar no país, desde que cumpra quarentena de 5 dias.
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