Governo afirma que não pode informar sobre visitas de pastores ao Planalto por questões de segurança

O jornal “O Globo” solicitou informações sobre as visitas dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura à sede do governo federal. Em resposta, dada nesta terça-feira (12), o Palácio do Planalto disse que não poderia acatar o pedido por questões de segurança.

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Assim como vem publicando o Brasil123, os dois pastores estão envolvidos na crise instaurada no Ministério da Educação (MEC). Tudo isso por conta de um áudio em que o até então ministro Milton Ribeiro afirmou que repassava verba da pasta para municípios apontados pelos dois líderes religiosos após um pedido feito pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Após o vazamento, o ex-ministro disse que não favoreceu os pastores, dizendo também que não estava obedecendo a nenhuma ordem dada por Bolsonaro. Apesar dessa afirmação, prefeitos se pronunciaram sobre o caso. Esses gestores municipais afirmaram que os dois pastores pediram sim propina para que seja possível a liberação de verbas do MEC às cidades.

Pastores em encontros oficiais

Na internet, circularam fotos dos dois pastores em encontros oficiais do governo em eventos no Palácio do Planalto. Além disso, também há imagens dos líderes religiosos em um encontro com Bolsonaro no gabinete do chefe do Executivo, que também já participou de um evento na igreja em que os suspeitos comandam.

Na internet, fotos mostram os dois pastores em encontros oficiais do governo no Palácio do Planalto e até no gabinete de Bolsonaro. (Foto: reprodução)

Por conta disso, “O Globo” pediu informações sobre esses encontros por meio da Lei de Acesso à Informação, que obriga o governo a, em regra, atender aos pedidos de qualquer pessoa. No entanto, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que hoje é chefiado pelo ministro Augusto Heleno, disse que não é possível compartilhar os dados.

“A solicitação não poderá ser atendida. Observa-se, assim, que o tratamento de dados pessoais coletados no caso, o nome e a data de entrada de visitantes na Presidência da República, cumpre a finalidade específica de segurança”, escreveu o gabinete.

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