Não são somente os agentes públicos federais que estão ameaçando entrar em greve em busca do tão sonhado reajuste salarial. Em Minas Gerais, por exemplo, policiais civis, militares, penais e agentes socioeducativos do estado anunciaram que irão paralisar suas atividades nesta terça-feira (22). O motivo é claro: eles querem um aumento de salário.
Um comunicado conjunto assinado pelos sindicatos das entidades envolvidas na paralisação aponta que a greve aconteceu porque o governo de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), não cumpriu uma promessa feita em 2019, quando anunciou que promoveria um reajuste de 41% aos agentes, dividido em três parcelas.
Ainda segundo a nota conjunta, os servidores querem que seja dada uma recomposição salarial para corrigir a perda da inflação. Segundo um cálculo entregue ao deputado Agostinho Patrus (PV), presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, estima-se que, de 2015 a 2121, os agentes tiveram uma perda salarial de 50,75%.
Na segunda-feira (21), agentes de segurança de Minas Gerais foram às ruas da capital do estado, Belo Horizonte, e protestaram – eles tiveram a autorização até mesmo do comando da Polícia Militar mineira para participar do ato, que começou na Praça da Estação e finalizou na Praça da Assembleia.
Durante o ato, integrantes das forças policiais de Minas Gerais carregavam faixas e cartazes com palavras de ordem e mensagens ao governador do estado, acusando-o de mentir, fazendo alusão a promessa não cumprida por ele sobre o reajuste.
Greves de policiais são proibidas
Por força da Constituição, hoje, no Brasil, greves envolvendo agentes de segurança são proibidas. Por conta disso, apesar do movimento, haverá um contingente trabalhando durante o período de paralisação para que os trabalhos não sejam prejudicados e o estado fique sem o policiamento necessário.
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