Três pessoas foram presas nesta quarta-feira (01) durante a deflagração de uma Força-Tarefa de Segurança Pública do Acre, composta pela Polícia Federal (PF), Polícia Civil e Polícia Militar (PM). De acordo com a PF, a ação teve como objetivo desarticular um grupo especializado em lavar dinheiro vindo do tráfico.
Em nota, a Polícia Federal detalhou que a quadrilha era ativa em quatro estados: Acre, Amazonas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Para tentar desarticular o bando, os agentes saíram às ruas para cumprir 37 mandados de busca e apreensão domiciliar e dez mandados de prisão preventiva em cinco cidades:
- Cruzeiro do Sul e Epitaciolândia, no Acre;
- Rio de Janeiro, capital;
- Natal, no Rio Grande do Norte;
- E em Boca do Acre, no Amazonas.
Durante as buscas, os agentes contaram com o apoio de um helicóptero da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Acre. Já no Rio, até mesmo o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) participou da ação. Todavia, assim como relatamos, somente três pessoas foram capturadas.
As investigações antes da força-tarefa
De acordo com a PF, as investigações sobre a quadrilha começaram em janeiro deste ano. Com essas apurações, constatou-se um complexo esquema responsável pela administração de valores provenientes de fontes ilícitas. Esse dinheiro, segundo a Polícia Federal, era movimentado através de empresas laranjas que tinham como objetivo ocultar bens e valores.
“Para lavar o dinheiro proveniente das atividades criminosas e assim dissimular sua origem e reinserir os ativos no mercado com aparência de legalidade, existia um núcleo – liderado por um empresário acreano do ramo de venda de extintores – se utilizava de sete empresas sediadas em Rio Branco, Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul, a fim de simular um funcionamento regular dos estabelecimentos para justificar os valores e bens obtidos com o lucro do tráfico interestadual de drogas”, informou a PF.
Ao todo, os investigados movimentaram mais de R$ 43 milhões em suas contas bancárias durante o período das diligências. “Grande parte dessas movimentações se deram através de transações em espécie – inclusive para o exterior – bem como investimentos em gado e imóveis”, relatou a corporação, que ainda explicou que foram bloqueados, judicialmente, mais de R$ 19 milhões em bens da organização criminosa.
Por fim, a informação é que os investigados serão indiciados pelos crimes de integrar organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico interestadual de drogas. Juntas, essas penas podem somar mais de 33 anos de prisão.
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