Uma postagem no site do Banco Mundial e na Folha de São Paulo deixou muitos beneficiários do Bolsa Família muito preocupados. Isso porque uma economista ligada ao órgão criticou o modelo de pagamentos atual do programa de distribuição de renda.
Dessa forma, como o Banco Mundial é um dos principais financiadores de projetos assistenciais com foco na diminuição da pobreza no país, é de ficar com medo mesmo de que o governo escute essas críticas e acabe com o piso de R$ 600 do benefício.
E se você quiser ficar por dentro desse assunto tão importante, é só continuar lendo e conferir.
O que é o piso do Bolsa Família?
Primeiramente, é importante explicar melhor do que se trata esse piso. A saber, na época do governo de Jair Bolsonaro (PL), ficou estipulado um mínimo de R$ 600 para o então Auxílio Brasil. Depois, com o retorno de Lula (PT) à presidência e do programa Bolsa Família, esse valor mínimo foi mantido.
Isso porque o mínimo a se receber por membro da família é de R$ 142. Porém, já na época da campanha, Lula se comprometeu a manter o piso de R$ 600 por família. Assim, se uma família de beneficiários é composta por 4 membros, eles recebem esse valor e não os R$ 568 a que teriam direito se o benefício fosse calculado per capita.
Banco Mundial defende fim do piso de R$ 600 do Bolsa Família
A economista do Banco Mundial para o Brasil, Shireen Mahdi, escreveu uma coluna para o site da instituição e para a Folha de São Paulo defendendo que haja uma revisão do modelo de repasse do Bolsa Família.
Assim, a economista afirmou que pagar um piso por família e não por pessoa gera desigualdade entre os beneficiários. Afinal, segundo ela, as famílias menores levam vantagem sobre as maiores, uma vez que uma família de 3 membros receberia o mesmo que uma unipessoal, por exemplo.
Ademais, Mahdi ainda argumentou que as composições familiares com mais membros são também as com mais vulnerabilidade. Ou seja, mais propensas a sofrer com a pobreza e a miséria.
O governo vai acabar com o piso?
Diante do pronunciamento do Banco Mundial, que com certeza é um órgão extremamente influente nas questões sociais do país, muitos beneficiários se preocuparam com a possibilidade do piso do Bolsa Família acabar.
Na terça-feira (26), representantes do Banco Mundial, da Fundação Getúlio Vargas, do Ipea e do Ministério do Desenvolvimento se reuniram. A saber, essa reunião marcou o início das celebrações aos 20 anos do programa Bolsa Família. Assim, durante o evento, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias discursou.
No discurso, o ministro afirmou de forma contundente que não haverá mudança nos pagamentos do programa: “O presidente Lula é cumpridor de sua palavra”. Como já dissemos, Lula prometeu em campanha que não revogaria o piso, o que deve ser mantido.
Dias ainda disse que o per capita deve sim receber atenção, mas sem mexer no mínimo.
E você, acha que o piso de R$ 600 do Bolsa Família deve continuar? Comente conosco!