O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, participou de uma reunião com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afim de discutir saídas para auxiliar os beneficiários do Auxílio Emergencial após o pagamento da última parcela, em dezembro.
O Estadão/Broadcast informou que a Caixa Econômica Federal, banco responsável pelo pagamento do auxílio, teria condições de oferecer hoje R$ 10 bilhões em financiamento de uma nova linha de crédito. Esse valor pode chegar a R$ 25 bilhões com as outras medidas incluídas no projeto. Cada beneficiário poderá conseguir de R$ 1,5 mil e R$ 5 mil.
O governo afirmou e vem reafirmando constantemente, por meio do ministro Paulo Guedes (Economia), que não haverá prorrogação do benefício. A pasta de Guedes afirma que não pode mais dar dinheiro para os desempregados e trabalhadores informais. A intenção agora é ajudar os brasileiros nessa situação a terem autonomia para trabalhar.
Há um grupo alvo do governo para continuar recebendo o benefício, nesse caso, seria os “invisíveis”, grupo esse que não recebia qualquer benefício antes do Auxílio Emergencial. O benefício deve continuar para estes beneficiários a partir de janeiro de 2021. De acordo com o último levantamento, cerca de 38,1 milhões de brasileiros estão nessa situação.
O programa deve ser criado para substituir o Bolsa Família e pagar valores superiores. Outra opção comentada é a ampliação do próprio Bolsa Família.
Continuação do Auxílio em 2021
Com a proximidade das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) decidiu suspender a apresentação da proposta do Renda Cidadã, programa trabalhado pelo governo para substituir o Bolsa Família. Conforme governo, essa apresentação só acontecerá após o pleito das eleições municipais.
A InfoMoney informou que existe três motivos que pressionam Bolsonaro em continuar pagando o auxílio emergencial, que finaliza em dezembro.
O primeiro seria o financiamento, o governo ainda não sabe exatamente de onde tirar o valor prometido pelo programa.
O segundo é como os deputados e senadores se posicionam junto a criação de um novo imposto semelhante a antiga CPMF, como é o desejado pelo governo, não tem apoio em ano eleitoral.
Por fim, o terceiro seria a disputa no Congresso para quem será o novo presidente do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.
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