Na última segunda-feira (5), o INSS completou três semanas de reabertura das agências. Mas de lá pra cá, o que se viu foi uma novela. A fila continua muito grande. O próprio Governo Federal admite que uma redução só vai acontecer daqui a três meses. Ou seja, no final do ano.
É que o ritmo atual não está sendo suficiente para cumprir a demanda. O INSS não reabriu todas as agências. E nem todas as agências que reabriram estão contando com atividades dos peritos. É que muitos deles ainda não voltaram ao trabalho presencial para a realização de perícias, por exemplo.
Um dos casos mais graves é o de Aracaju, no Sergipe. De acordo com os dados oficiais, 24 peritos poderiam voltar ao trabalho na capital sergipana. Mas até este momento, apenas 9 voltaram. Em todo o estado, 24 mil pessoas esperam por uma perícia médica.
De acordo com os dados do INSS, na última segunda-feira (6), 910 peritos foram trabalhar. Ou seja, eles realizaram perícias. Mas o fato é que 1.337 estavam aptos para voltar. Ainda de acordo com o INSS, 792 seguem trabalhando de maneira remota.
Como se não bastasse, 1.571 agências ainda não estão aptas para o trabalho. Isso porque elas não atendem as necessidades básicas de um atendimento presencial em tempos de coronavírus. No Brasil inteiro, mais de 750 mil pessoas esperam por essa consulta da perícia médica.
TCU não quer saber de “final do ano”
Mas o Tribunal de Contas da União (TCU) não quer saber dessa história de diminuição das filas de espera só no final do ano. O Tribunal deu um prazo para que o INSS apresentasse um plano de perícias médicas online. Esse prazo acabou na última segunda-feira (5).
O INSS enviou um ofício para o TCU argumentando que não seria possível realizar essas perícias. Pelo menos não nesse momento. O Instituto argumentou que não poderia comprar uma série de equipamentos para essa realização.
Mas o TCU não quis saber de desculpas e pediu o início imediato dessa modalidade de atendimento de perícias médicas. O INSS disse que apresentará um plano até a próxima semana.