Fernando Haddad diz que taxa de juros no país deve cair ‘brevemente’

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou nesta sexta-feira (26), durante entrevista no canal “Globo News”, que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acredita que a taxa de juros no Brasil deve começar um ciclo de queda “brevemente”.

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“A essa altura estamos prestes a ter uma queda na taxa de juros”, disse Fernando Haddad, completando que a inflação está mais comportada, o câmbio está estável em patamar bem mais baixo do que herdamos, as curvas futuras de juros estão caindo, a taxa de crescimento do PIB está sendo revista para cima.

“O ciclo de queda e a retomada de bens duráveis vai acontecer, mas tem um hiato que está acontecendo, que nos preocupa”, disse ele, completando que o próprio presidente do Banco Central, Campos Neto, tem dito que as coisas estão se alinhando. Conforme ele, a conta do impacto de medidas recentes do governo já foi feita, mas é preciso “fechar” de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Não posso colocar na mesa do presidente uma coisa que não esteja bem organizada”, disse ele.

Durante a entrevista, o chefe da pasta também relatou que a medida do governo para reduzir o preço de carros é um programa pontual, não de longo prazo, e que a partir de agosto serão lançadas medidas de transição ecológica. “Estou falando de um programa que vai durar de três a quatro meses, não de uma coisa estrutural, mas que pode segurar o fechamento de plantas nessa transição. Você segura a onda no momento que está difícil para o setor”, disse Fernando Haddad ao canal “Globo News” nesta sexta-feira.

Conforme o ministro, a iniciativa é importante porque a indústria nos últimos dez anos “está sumindo”. “Várias montadoras deixaram o país”, explicou ele, que também comentou sobre as críticas que o governo recebeu devido à faixa de renda alcançada pela iniciativa, visto que os carros “populares” não são acessíveis para famílias mais pobres.

“Em primeiro lugar, estamos tomando muitas medidas para atender a todas as classes sociais”, justificou o ministro, que citou o Bolsa Família, reajuste acima da inflação para o salário mínimo, aumento de bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), reposição salarial para servidores públicos e atualização da tabela do imposto de renda. “Estamos com foco em todos os problemas herdados que estão sendo solucionados”, disse o chefe da pasta.

Leia também: Marina Silva diz que “querem governo Bolsonaro no governo Lula”

Alisson Ficher

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