Nesta terça-feira (4), o secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou que a falta de vacina CoronaVac para aplicação da segunda dose é resultado de um “erro de estratégia” dos municípios, que não seguiram a orientação do estado de reservar a segunda dose para garantir a imunização por completo.
“É importante reforçar um erro de estratégia, que é o não seguimento das orientações do Ministério da Saúde e da Secretaria da Saúde. Em primeiro lugar, sempre mandávamos as doses separadas em primeira e segunda, e falávamos: “olha, guarde a segunda”. Excepcionalmente, em 21 de março, o Ministério autorizou que a primeira e a segunda dose poderiam ser utilizadas. Excepcionalmente para aquele lote. As demais deveriam conservar a segunda dose. Foi isso que vários estados não fizeram e infelizmente alguns municípios”, disse o secretário em entrevista à GloboNews nesta manhã.
Mais de 25 municípios paulistas tiveram que suspender a aplicação da segunda dose da CoronaVac por conta da falta de vacinas desde sexta-feira (30). “Eles gastaram a segunda dose, tanto progredindo faixas etárias quanto grupos. O resultado é esse”, apontou Gorinchteyn.
Nesta segunda (3), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandovski, decidiu que gestores públicos podem ser punidos por improbidade administrativa caso haja atraso na aplicação da segunda dose da vacina contra Covid-19.
2ª dose da CoronaVac deve ser tomada mesmo fora do prazo
Em nota técnica divulgada na última terça-feira (27), o Ministério da Saúde orienta a população a tomar a segunda dose da vacina contra Covid-19 mesmo fora do prazo indicado pelos laboratórios fabricantes.
“Essa é a orientação do Ministério da Saúde, que reforça a importância de se completar o esquema vacinal para assegurar a proteção adequada contra a doença”, diz a pasta, em nota.
De acordo com o Ministério da Saúde, é “improvável que intervalos aumentados entre as doses das vacinas ocasionem a redução na eficácia do esquema vacinal”, porém, a orientação é para que atrasos sejam evitados, pois “não se pode assegurar a devida proteção do indivíduo até a administração da segunda dose”.