Uma reportagem da “TV Globo” mostrou nesta segunda-feira (21) a história de um falso médico, identificado como Gerson Lavisio, um homem de 32 anos que acumulou uma longa carreira de farsante. De acordo com as informações, o ponto alto da farsa do suspeito aconteceu na semana passada quando, na rodovia Presidente Dutra, em São Paulo, três caminhões se envolveram em um acidente.
Falso médico diz que ‘brincou com a saúde pública’
Na ocasião, o farsante, identificando-se como médico-chefe da equipe, contratado por uma empresa terceirizada, mandou amputar a perna da vítima, um caminhoneiro, ainda na estrada. Segundo a emissora carioca, a farsa do médico foi constatada quando agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) acessaram o Conselho Regional de Medicina (CRM).
Na oportunidade, os policiais descobriram que ele apresentou o número do registro de um médico que já morreu e seu diploma era falsificado.
Colegas do falso médico suspeitavam
À “TV Globo”, as pessoas que trabalhavam com o falso médico, que estava na função desde março, afirmaram que estavam desconfiados do homem desde o primeiro plantão. Uma dessas pessoas revelou que o acusado receitou um calmante para um paciente com dores nas costas.
“A conduta que ele tomava não era de um médico. Por exemplo, quando é problema de coluna, a gente tem que aplicar um analgésico ou até mesmo um remédio via oral, mas o que que ele fez? Ele aplicou um calmante 10mg na veia”, disse.
Ainda conforme essa pessoa, que não quis se identificar, o paciente ficou desfalecido, sem conseguir andar. “E também teve um paciente que precisou ser suturado. Ele fez a sutura, mas os pontos que ele fez estavam todos irregulares, ele não conseguia fazer o laço do ponto. E fez tudo errado”, completou.
Apesar desses fatos, o falso médico, que está sendo investigado pela Polícia Civil, e pode acabar preso, foi contratado como médico por três empresas diferentes nos últimos quatro meses, atendendo idosos e crianças.
Antes de sua “aventura” na medicina, Gerson se passava como pastor para atrair pessoas que estavam em busca de conselhos espirituais. Ele também postava em suas redes sociais que iria pregar em igrejas e eventos que não existiam e ainda é acusado de ter pedido dinheiro para viagens religiosas que nunca aconteceram.
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